BNDES aprova R$ 236 milhões para a nova fábrica da J.Macêdo no Ceará; veja

Para o projeto, está prevista a geração de 350 empregos, juntando os 150 diretos na fase de implementação e 200 após a conclusão

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou crédito de R$ 236 milhões para a nova fábrica da cearense J.Macêdo em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no Ceará.

Para o projeto, está prevista a geração de 350 empregos, juntando os 150 diretos na fase de implementação e 200 após a conclusão.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

A pedra fundamental deste complexo fabril em Horizonte foi lançada no dia 7 de março de 2024.

O foco do negócio que atua há 85 anos em solo cearense é em produtos alimentícios. Atualmente, a empresa possui um moinho para processamento de trigo em farinha em Fortaleza.

O financiamento do BNDES abrange obras civis e de infraestrutura, linhas de produção e aquisição de máquinas e equipamentos nacionais.

Com isso, o denominado Projeto Camocim tem como meta produzir massas longas, curtas e do tipo ninho, além de misturas para bolos.

Será um complexo industrial, que também contará com um centro de distribuição para atender às regiões Norte e Nordeste e um galpão de reciclagem.

Do montante, R$ 125,8 milhões são para obras civis (como terraplanagem, pavimentação e calçamento), infraestrutura (escritório, portaria, galpão e casa de máquinas, entre outros) e linhas de produção.

Conforme o banco, para essas linhas, serão adquiridos equipamentos e máquinas nacionais, com R$ 110 milhões do Finame Direto, por meio do crédito BNDES Máquinas e Serviços.

A justificativa para esse implemento é que se trata de maquinário mais moderno, voltado a ocupar menos espaço, utilizar menor quantidade de matéria-prima e consumir menos energia, água e outros recursos. O objetivo é aumentar a produtividade.

Vale lembrar que essa será a segunda unidade industrial da J.Macêdo no Ceará, que é detentora de marcas como as farinhas Dona Benta e Boa Sorte, além de macarrões e massas Petybon e a Sol (biscoitos, salgadinhos e sobremesas).

Segundo a empresa, o projeto é modular e prevê possibilidades de ampliação e de expansão.

“Com o apoio do BNDES, teremos um Complexo Industrial moderno, com tecnologia de ponta, integrado com a comunidade e atento à proteção ao meio ambiente”, frisa, em comunicado, Irineu José Pedrollo, diretor-presidente da J.Macêdo.

Aloizio Mercadante, presidente do banco, complementa o impacto de apostar em um projeto que amplia a capacidade produtiva e gera novos empregos.

“Os financiamentos também impactam fortemente a cadeia produtiva, já que um valor relevante dos recursos irá para aquisição de maquinário nacional, incentivando a produção de bens de capital brasileiros”, complementou.

Essa será a segunda unidade industrial da J.Macêdo no Ceará. Fundada em 1939, em Fortaleza, a empresa atua no setor de moagem e beneficiamento de trigo, em categorias como farinhas, massas, misturas para bolo, biscoitos, salgadinhos e sobremesas, comercializando marcas como Dona Benta, Sol, Petybon e Boa Sorte.

Outras plantas fabris do Grupo estão localizadas em Simões Filho (BA) e São José dos Campos (SP) e moinhos em Fortaleza, Salvador (BA), Londrina (PR) e Varginha (MG).

Atualmente, a companhia emprega 3 mil trabalhadores, diretos e indiretos.

Mais sobre a cearense J.Macêdo

A cearense J.Macêdo fechou o ano passado com lucro líquido de R$ 423,6 milhões, representando uma alta de 33,2% ante os R$ 317,9 milhões de 2022.

Somente no quarto trimestre de 2023 (4T23), que vai de outubro a dezembro, a empresa atingiu R$ 132 milhões, numa crescente de 67,9% em relação aos R$ 78,6 milhões do 4T22. 

Atualmente, o Grupo possui um centro de distribuição (CD), em Caucaia, e um escritório e Moinho Dona Benta, em Fortaleza, no Mucuripe.

Em seu balanço, inclusive, o Grupo frisou essa retomada dos investimentos em 2023 como fruto de uma estratégia desenhada pela Administração da Companhia e aprovada pelo Conselho de Administração.

Conforme Irineu J. Pedrollo, diretor presidente da J.Macêdo, os planos contemplam: "Dois projetos de construção de unidades fabris, uma no município de Horizonte/CE e outra em Londrina/PR, com obras iniciadas no primeiro semestre de 2024, suportando nossa visão de contínuo crescimento das operações, produzindo e entregando com eficiência produtos da mais alta qualidade para as famílias brasileiras." 

Líder no segmento de farinhas de trigo e com presença na produção de massas, biscoitos e misturas para bolos, a J.Macêdo ainda produz, distribui e comercializa misturas para pães, sobremesa e fermentos, e, dentre os resultados apresentados alcançou R$ 1.003,7 milhões de lucro bruto no acumulado de 2023.

O montante equivale a 22,9% a mais ante os R$ 816,5 milhões de igual período do ano anterior. Já no 4T23 foram R$ 276,6 milhões, num salto de 37,5% comparado aos R$ 201,1 milhões do 4T22.

O Grupo, que comemora 85 anos em 2024, destaca ainda que a receita líquida de 2023 foi de R$ 3.220,5 milhões, acima 10,5% da de 2022. Já no 4T23 ela foi de R$ 874,4 ou 8,1% maior.

Em relação ao lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, mais conhecido como Ebitda, a J.Macêdo fez, no acumulado de 2023, R$ 530,2 milhões, com crescimento de 19,7% em relação aos R$ 443,1 milhões em 2022.

No 4T23 atingiu R$ 133,5 milhões, com avanço de 35,5%, com margem de 15,3% (4T22: 12,2%).

"Chegamos ao final de 2023 com baixa alavancagem de apenas 0,3 x o Ebitda anual, com reservas de caixa adequadas e 82,8% do nosso endividamento no longo prazo", complementa o comunicado aos investidores da empresa.

Por último, o encerramento do 4T23 mostrou endividamento líquido de R$ 159,3 milhões, equivalente a retração de 39,6% na análise de igual período de 2022.

"Com um caixa de R$ 357,7 milhões, reduzimos a relação de dívida líquida pelo Ebitda (últimos 12 meses) para 0,3, uma redução de 49,5% em relação ao mesmo período do ano anterior", complementa na demonstração financeira.

Resultado da J.Macêdo por segmento

Na análise por segmento, em farinhas e farelos a receita bruta de 2023 foi de R$ 1.818,7 milhões, com redução de 2,3% em comparação a R$ 1.861,8 milhões atingido no acumulado de 2022.

No quarto trimestre foram R$ 431,0 milhões e recuo de 13,9%, pois o período anterior foi de R$ 500,6 milhões.

Já o volume de farinhas no acumulado de 2023 cresceu 6,2% em relação a igual período de 2022, atingindo 580,5 mil t (2022: 546,6 mil t). No 4T23 o volume foi de 150,4 mil t, um avanço de 9,5%.

Em massas a receita bruta foi de R$ 1.018,0 milhões no fechamento, com salto de 19,8% frente aos R$ 849,7 milhões de 2022. No 4T23 o alcance foi de R$ 273,1 milhões (+11,1%).

O volume acumulado da categoria de massas em 2023 foi de 172,2 mil t, um crescimento de 16,8%. E o volume faturado representa 21,1% do volume total, sendo 7,2% maior em relação a 2022.

Considerando apenas 4T23 foi de 47,1 mil t, um avanço de 13,7% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.

Na análise de outras frentes ainda se vê, em biscoitos, receita bruta de R$ 352,5 milhões (+20,3%). No 4T23 totalizou R$ 91,8 milhões, um avanço de 14%.

Em 2023 o volume faturado líquido atingiu 30,2 mil t, crescimento de 15,2%.

Já a receita bruta para as categorias de misturas, sobremesas e fermentos totalizou R$ 389 milhões em 2023 (+29,6%). O volume no acumulado no ano de 2023 atingiu 34,7 mil t, sendo 16,3% maior que os 29,8 mil t atingidos em 2022.

Diante dos resultados, Irineu J. Pedrollo destaca que a companhia continuará com "rigoroso planejamento e execução de cada etapa de seu planejamento estratégico, em busca do crescimento sustentável com planos e metas definidos para curto, médio e longo prazos."

Vai EMPREENDER? Veja as MELHORES franquias do mundo para investir

Mais notícias de Economia

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Empresas empregos

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar