Unanimidade no Copom garante Ibovespa na máxima de 121,6 mil pontos, apesar de NY moderada

O Ibovespa sobe desde a abertura nesta quinta-feira, 20, apesar da alta moderada das bolsas norte-americanas, na volta do feriado na quarta-feira. A elevação do Índice Bovespa ecoa a decisão unânime no Comitê de Política Monetária (Copom) na noite de ontem, quando manteve a Selic em 10,50% ao ano.

Desta forma, o Índice Bovespa mantêm hoje o movimento da véspera, quando subiu 0,53%, fechando aos 120.261,34 pontos.

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"Já teve um efeito ontem em meio a boatos de que o placar seria unânime. Dá continuidade. O grande ponto agora é ver quanto de prêmio foi inserido e o quanto pode ser corrigido, o quanto dessa espuma será corrigida", diz Marcelo Vieira, head da mesa de renda variável da Ville Capital.

A alta na carteira do principal indicador da B3 é quase total. De 86 ações, apenas três caíam perto das 11h20. Ainda, o Ibovespa acelerava a alta semanal a 1,37%, vindo de quatro quedas semanais.

Segundo o diretor de Investimentos da Nomos, Beto Saadia, a unanimidade nos votos da decisão do Copom na noite de ontem alivia o Índice Bovespa após quedas recentes. "Foi mais um alívio do que uma boa notícia", diz.

Para Saadia, a sinalização do Banco Central de que por ora não enxerga alta da Selic é uma boa indicação. "O BC não é exatamente um problema. O mercado já estava esperando unanimidade. O problema, o grande gargalho está no fiscal", afirma.

Outro ponto destacado por Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3, é que o comunicado do Banco Central, de que se a Selic se mantiver no nível atual de 10,50%, o IPCA poderia cair para cerca de 4,00% neste ano e ir a 3,10% no ano seguinte, em vez de 3,80%, é um bom sinal. "O BC está unânime em conter a inflação, e isso passa credibilidade, responsabilidade", afirma.

De acordo com Vieira, da Ville Capital, o tom do comunicado foi "neutro", até com elementos suaves que contrastam com a linha da ata passada. "Foi um alívio", completa.

No exterior, também houve decisões sobre juros entre ontem e hoje. Na noite de quarta-feira, o BC chinês deixou suas taxas inalteradas, assim como nesta quinta o Banco Central da Inglaterra deixou seu juro em 5,25% ao ano. Já o BC da Suíça cortou a taxa básica pela segunda vez consecutiva, de 1,50% para 1,25%.

E há pouco saíram os pedidos de auxílio-desemprego dos EUA, que caíram mais do que esperado, e as construções de moradias do país, que recuaram, contrariando a previsão de aumento. Os dados podem reforçar as apostas de queda dos juros americanos em 2024.

As commodities têm sinais opostos, mas moderados, em dia de agenda fraca de indicadores. Ainda assim, as ações da Petrobras e da Vale avançam entre 2,40% e 0,70%, respectivamente.

No caso da estatal, por enquanto, os investidores parecem optar por dar o benefício da dúvida à nova gestão. Ontem, em sua posse, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse estar alinhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que vai tornar realidade o Plano Estratégico da companhia, mas com celeridade.

Já a Vale divulgou hoje atualização de estimativas para a divisão de metais de transição energética. A mineradora estima, por exemplo, aumento da produção de cobre para entre 375 mil e 410 mil toneladas em 2026.

Às 11h28, o Ibovespa subia 1,01%, aos 121.476,09 pontos, ante elevação de 1,12%, aos 121.606,64 pontos, na máxima.

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