Ceará foi o 2º estado do Nordeste em unidades de empresas

Os resultados apontam que o salário médio mensal cearense é semelhante ao registrado para Região Nordeste, de R$ 2.798,50

20:07 | Jun. 20, 2024

Por: Beatriz Cavalcante
NO Ceará, há um forte predomínio das empresas com zero até quatro pessoas ocupadas (83%) (foto: FCO FONTENELE)

O Ceará foi o segundo estado do Nordeste em número de unidades locais (UL) de empresas. Foram 273,1 mil delas e outras organizações ativas, correspondendo a 2,6% do País, sendo 185,9 mil sem
assalariados e 87,2 mil com assalariados.

Os dados são do Cadastro Central de Empresas (Empresas) e foram divulgados nesta quinta-feira, 20 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em suma, os resultados apontam que o salário médio mensal cearense é semelhante ao registrado para a Região Nordeste, de R$ 2.798,50.

Na análise por atividades econômicas no Estado, observa-se que comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas manteve as maiores participações em duas das quatro variáveis analisadas:

  • Número de unidades locais ativas (33,3%)
  • pessoal ocupado total (18,5%)

Já pessoal ocupado assalariado (16,2%) ficou na segunda colocação, com a maior parcela dessa variável observada na seção de atividade da administração pública, defesa e seguridade social (20,9%), bem como a variável salários e outras remunerações (29,7%).

Por porte, considerando as ULs ativas no Ceará à época, observa-se um forte predomínio das empresas e outras organizações com zero até quatro pessoas ocupadas (83%).

Porém, as com 500 ou mais apresentaram as maiores participações em pessoal ocupado total (37,9%), pessoal ocupado assalariado (45,1%) e salários e outras remunerações (57,8%), apesar de compreenderem apenas 0,2% do total das ULs.

Na análise por sexo, o pessoal ocupado assalariado era composto por 55,3% de homens e 44,7% de mulheres. E o salário médio mensal recebido por eles, correspondeu a R$ 2.748,33, e o delas R$ 2.750,83. Ou seja, há equivalência nos valores.

Quando se observa a escolaridade, 79,1% do pessoal ocupado assalariado não tinha nível superior, e 20,9% tinha.

Assim, os assalariados e sem nível superior receberam, em média, R$ 2.028,94. É 37,4% do valor médio recebido pelo pessoal assalariado com nível superior (R$ 5.428,37), sendo quase o dobro.

Outro dado é que a construção foi o setor que apresentou a maior participação de homens (87,3%) no Ceará, seguida da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (86,8%) e da água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (86,2%).

Já as mulheres estavam em saúde humana e serviços sociais (73,5%), educação (62,6%), e administração pública, defesa e seguridade social (56,9%).

Portanto, a participação de mulheres supera o de homens em 4 das 18 seções.

Por escolaridade, apenas três seções apresentam participação maior de pessoas com nível superior: educação (58,1%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (51,1%) e eletricidade e gás (50,3%).

Por último, segundo a natureza jurídica, as entidades empresariais representaram 85,3% das ULs.

Enquanto a participação dos órgãos da administração pública retratou apenas 1,1% das empresas e outras organizações, as entidades sem fins lucrativos corresponderam a 13,6%.

Para se ter ideia, no ano de 2022, as 9,4 milhões de empresas e outras organizações estavam ativas no País possuíam 10,6 milhões de unidades locais, das quais 7,4 milhões não possuíam assalariados e 3,2 milhões possuíam.

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