Elmano afirma que famílias afetadas por usina de dessalinização terão 'moradia bem melhor'

Governador citou a presença de 120 famílias no entorno da obra da Dessal e disse que não haverá necessidade de fazer desapropriações

17:31 | Jun. 19, 2024

Por: Adriano Queiroz
Ponto de captação da usina de dessalinização fica em região limítrofe entre os bairros Praia do Futuro e Vicente Pizon (foto: FCO FONTENELE)

O governador do Ceará Elmano de Freitas (PT) disse que não haverá a necessidade de desapropriação no entorno do local onde será construída a usina de dessalinização de água marinha (Dessal do Ceará), na Praia do Futuro, mas que as 120 famílias que vivem nas proximidades do empreendimento terão, “uma moradia bem melhor do que elas têm hoje”.

A declaração foi dada durante solenidade de lançamento do Complexo Solar Panati, localizado no município de Jaguaretama (a 240 km de Fortaleza).

“Não é razoável nós termos investimento de bilhões de reais e as pessoas que estão ali do lado, morando em casebres, em condições indignas. Nós temos que dar conta de ter um investimento bilionário e ao mesmo tempo ter a atenção devida e a sensibilidade com as famílias que estão morando ali ao redor”, defendeu o governador.

“Nós temos uma decisão de conciliar, de termos uma usina de dessalinização e, ao mesmo tempo, ter a atração de mais empresas de cabo de fibra ótica, de data center, da área da tecnologia e informação, que são muito importantes para o Ceará. Uma garante a segurança hídrica na capital de Fortaleza, a outra garante investimentos da área de tecnologia de Informação", destacou Elmano sobre a mudança de local em relação à previsão inicial de construção da Dessal.

Voltando a falar sobre as famílias afetadas pelas obras, o governador lembrou que as famílias lá assentadas ocupam área de Marinha. "É uma área que já é da União, mas nós temos sensibilidade, até pela minha trajetória de vida, de procurar essas famílias. O que eu quero, portanto, é encontrar e construir moradia digna para essas famílias", disse.

"Eu penso que é assim que a gente pensa desenvolver: fazer, mas cuidando das pessoas que ali estão no entorno. Nós temos 120 famílias que moram ali e nós vamos buscar dialogar com essas famílias”, concluiu.

(Com informações da repórter Ana Luiza Serrão)

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