Lula critica "taxação das blusinhas", mas diz que vai manter acordo
Segundo o presidente, entidades que representam o varejo nacional devem oferecer dados que comprovem os prejuízos. Mas reconhece que PIS/Cofins de 20% será implementado![Compras em plataformas internacionais de até 50 dólares não devem ter cobrança extra, defende Lula](https://www.opovo.com.br/_midias/jpg/2021/10/07/818x460/1_black_friday_2021_como_evitar_golpes-17215977.jpg)
Em entrevista à CBN, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva criticou a taxação de compras internacionais abaixo de US$ 50, as chamadas taxa das blusinhas, mas disse que vai manter o acordo afiançado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por uma alíquota de 20% nestas compras. Ele ressaltou, no entanto, que algo além só seria feito caso seja comprovado algum prejuízo ao mercado nacional.
"Eu assumi o compromisso com o Haddad que eu aceitaria colocar o PIS/Cofins que ficaria em 20%, isso tá garantido. Estou fazendo isso pela unidade do Congresso e do Governo, pelas pessoas que queriam, porque eu pessoalmente acho equivocado taxar as pessoas humildes que gastam US$ 50", afirmou.
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Assine"Quando um brasileiro viaja ao Exterior, ele tem direito de gastar até mil dólares sem pagar imposto. O que me deixa boquiaberto é que quem compra essas coisas de até 50 dólares é minha mulher, falei para o Alckmin, "tua filha compra".
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"Porque taxar 50 dólares e não taxar o cara que vai no shopping gastar 2 mil? É uma questão de consideração com o povo mais humilde, por isso eu vetei", defende Lula.
Lula ainda revelou que ficou irritado com a inclusão de um "jabuti" no programa Mover, durante a tramitação no Congresso. Segundo o chefe do Executivo, isso ocorreu por pressão de lobby.
![Lula foi entrevistado na CBN Lula foi entrevistado na CBN](https://www.opovo.com.br/_midias/jpg/2021/04/15/750x450/1_lula_5-15470836.jpg)
"(O varejo) Tem que provar que tem prejuízo. Muitas coisas que os brasileiros compram fora, nem se vende nessas lojas nacionais. Eles nem discutem com o governo, mas vão direto pro deputado e pedem para fazer uma emenda", pontua.
O presidente participou de entrevista no Jornal da CBN e respondeu sobre diversos assuntos. Dentre os quais a sua surpresa na proporção de isenções e subsídios para empresas em 2025, num montante de R$ 600 bilhões. (Colaborou Ludmyla Barros)