Ceará é o terceiro estado com maior crescimento industrial do Brasil

No primeiro quadrimestre o Estado teve aumento de 7,6%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira, 14 de junho

A produção industrial no Ceará registrou um aumento de 7,6% no primeiro quadrimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior, sendo o terceiro estado com melhor resultado do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Norte (24,4%) e de Goiás (11,3%).

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira, dia 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E mostram que no acumulado do ano, a atividade industrial cearense ficou 4,1 pontos percentuais (p.p.) acima do índice registrado nacionalmente.

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Na comparação com abril de 2023, o indicador cearense teve um crescimento de 12,3%, enquanto o do Brasil foi de 8,4%. Já em relação ao mês de março de 2024 houve um acréscimo de 3,9% na indústria, também acima do apresentado no País de -0,5%, na série com ajuste sazonal.

Entretanto, no acumulado dos 12 meses imediatamente anteriores, o Estado passou por um decréscimo de 1,6%, resultado melhor apenas do que o do Maranhão (-3,2%), ou seja, foi a segunda pior produção industrial do País no período. Além disso, o índice foi 3,1 p.p. menor que o nacional (1,5%).

Dos 12 segmentos industriais cearenses incluídos na PIM, em apenas dois a produção caiu no acumulado do ano em comparativo com o mesmo período do ano passado. A queda mais expressiva é observada na fabricação de produtos químicos (-45,3%), a outra foi na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,4%).

Na outra ponta, entre os segmentos que cresceram nesse período, os maiores destaques foram:

  • Confecção de artigos do vestuário e acessórios: 31,3%
  • Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos: 23,6%
  • Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos: 22,6%

Já em relação a março deste ano, quatro das doze atividades passaram por reduções, com enfoque também na fabricação de produtos químicos, que passou por um decréscimo de 58,5%. Confira as demais diminuições:

  • Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis: -13,5%
  • Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos: -7,3%
  • Metalurgia: -4,9%

Os acréscimos ocorreram na fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (64,3%), na confecção de artigos do vestuário e acessórios (45,3%), na preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos (33,6%), na fabricação de produtos têxteis (25,2%), na fabricação de produtos alimentícios (13,8%), nas indústrias de Transformação (12,3%) e na fabricação de bebidas (8,4%).

Contudo, na comparação com os doze meses imediatamente anteriores, apenas seis dos doze segmentos tiveram resultados positivos:

  • Fabricação de produtos têxteis: 13,9%
  • Fabricação de bebidas: 10,2%
  • Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos: 4,4%
  • Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis: 1,5%
  • Metalurgia: 1,1%
  • Fabricação de produtos alimentícios: 0,7%

Atividade industrial no Brasil

A produção industrial do Brasil caiu 0,5% na passagem de março para abril. A pesquisa mostrou que apenas cinco dos 15 locais investigados seguiram a tendência do País e tiveram quedas.
Os maiores recuos foram no Pará (11,2%) e na Bahia (5,4%). Em contrapartida, os destaques de crescimento foram o Paraná com 12,8% e o Pernambuco com 12,2%.

De acordo com o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, os prejuízos ocorreram em atividades de maior peso.

"É importante ressaltar que o comportamento nacional em abril, de recuo, foi concentrado em atividades com maior peso, mas com um espalhamento das demais atividades no campo positivo, demonstrando sete atividades em queda e 18 em crescimento. Da mesma forma, na pesquisa regional, observamos apenas cinco locais com comportamento negativo neste mês”, explica o analista.

Na comparação com abril de 2023, a indústria nacional cresceu 8,4% em abril de 2024, com 16 dos 18 locais pesquisados com resultados positivos. Rio Grande do Norte (25,6%), Santa Catarina (16,0%), Pernambuco (13,2%) e Goiás (12,7%) tiveram os maiores crescimentos. Ceará (12,3%), Rio Grande do Sul (11,7%), Paraná (10,9%), São Paulo (10,8%) e Amazonas (10,0%) também tiveram taxas positivas de dois dígitos, mais intensas do que a média nacional.

Metade dos locais pesquisados tiveram resultados positivos no período. “Isso é explicado pela base de comparação mais baixa, em alguns locais, e principalmente, pelo efeito-calendário positivo significativo, já que abril de 2024 teve 22 dias úteis, quatro a mais do que no mesmo mês do ano anterior, quando foram 18”, destaca Bernardo.

A PIM Regional de abril também apresentou os resultados do acumulado no ano (janeiro-abril) de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023. Neste índice, a indústria nacional mostrou crescimento de 3,5%, com resultados positivos em 17 dos 18 locais pesquisados.

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