Revitalização de prédios para moradia é discutida no Conselho da Sudene
Medida deve ser restrita às capitais do Nordeste, inicialmente, e visa reduzir déficit habitacional
Com o objetivo de reduzir o déficit habitacional, o Conselho da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) vai discutir a revitalização de prédios para a moradia.
A pauta será debatida nesta quinta-feira, 13. No mesmo dia, o Conselho também discutirá se os estados terão acesso a recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
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Em entrevista exclusiva ao O POVO, o presidente da Superintendência, Danilo Cabral, afirma que inicialmente a medida deve ser restrita às capitais do Nordeste.
O presidente afirma que o Conselho Deliberativo (Condel) da Sudene irá discutir a possibilidade de abrir um espaço no FNE, com objetivo de financiar imóveis e moradias ociosas, incluindo prédios e centros históricos, visando garantir a preservação histórica. O início do projeto é imediato, após a aprovação no Conselho.
"A gente tem um espaço que é dentro do Fundo de 30% e isso possibilita, por exemplo, fazer essa revitalização de moradias".
Cabral afirma que a medida, além de ser impulsionada pelo déficit habitacional nos centros urbanos, tem influência na degradação e esvaziamento dentro de lugares das cidades.
"Há um consenso que tem entre todos os urbanistas é que a reativação desses espaços, de forma plena, só se dará se você colocar as pessoas para apropriarem desses espaços urbanos e essa reapropriação tem que ter a maioria como eixo central".
Em relação ao investimento voltado para a iniciativa, Danilo detalha que o projeto está dentro do espaço fiscal de R$ 8,2 bilhões.
Sobre o mapeamento dos imóveis, Cabral exemplifica o cenário de Recife.
“No Bairro do Recife, que são três áreas que compõem esse bairro central, 31% dos imóveis têm um estoque ocioso dentro da capital. É um volume expressivo de imóveis que podem ser utilizados”. (Com informações de Armando de Oliveira Lima)