FRV vai investir R$ 27 bilhões em projeto de hidrogênio verde no Ceará

A empresa é uma das seis que já possuem pré-contrato assinado com o Governo do Estado para se instalar no Complexo do Pecém

O projeto de hidrogênio verde da FRV no Ceará prevê investimento de R$ 27 bilhões, além da geração de 1.500 empregos na fase de construção e mais 200 na fase de operação. A empresa é uma das seis que já possuem pré-contrato assinado com o Governo do Estado para se instalar no Complexo do Pecém. 

Nesta quarta-feira, dia 12, executivos da FRV apresentaram ao governador Elmano de Freitas (PT) o detalhamento do projeto, chamado de H2 Cumbuco, que tem como foco a produção de amônia verde para exportação com foco nos mercados europeu e asiático. A capacidade estimada de produção é de 2GW em sua totalidade.

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“Estamos entusiasmados com o potencial deste projeto para fornecer soluções energéticas limpas e competitivas, ao mesmo tempo que apoiamos o desenvolvimento econômico e ambiental do Brasil”, explicou o diretor de Inovação da FRV, Felipe Hernández.

Entenda o projeto

Na primeira etapa do projeto é estimada uma capacidade de 500 MW de eletrolisadores, produzindo 400 mil toneladas de amônia por ano com um investimento de R$ 7 bilhões.

Já na segunda fase será acrescentada uma capacidade de 1,5 GW de eletrolisadores, aumentando a produção em 1.200.000 toneladas de amônia para atingir um total de 1.600.000 toneladas por ano. Esta fase exigirá um investimento adicional de R$ 20 bilhões.

Manuel Pavon, diretor-geral da FRV América do Sul, reforçou que as características locais tornaram o projeto no Pecém uma prioridade.

“O Ceará tem um recurso renovável muito importante, porque o maior recurso solar e eólico do Brasil fica no Nordeste. A localização do Porto do Pecém, principalmente em relação à Europa e Estados Unidos, é também estrategicamente muito importante. Também toda essa etapa [de desenvolvimento] elaborada pelo Governo do Estado com o Pecém, que iniciou com muita transparência”, pontuou.

Conforme o cronograma, a construção começa em 2027. “Isso demoraria em torno de dois a três anos. A operação começaria mais ou menos em 2029 e 2030”, explica Pavon.

Em relação a empregos na fase de operação, estima-se 70 na fase 1, totalizando aproximadamente 150 no final da fase 2.

Também foi assinado um memorando de entendimento entre a FRV e a Utilitas Pecém, iniciativa da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e PB Construções voltada a oferecer para as indústrias soluções sustentáveis e inovadoras em infraestrutura e saneamento básico.

Ceará tem seis pré-contratos assinados no Pecém

Das empresas que assinaram pré-contrato, a FRV era a única que ainda não tinha tido o nome divulgado, segundo o Governo, por questões estratégicas da empresa. Além dela, estão com áreas reservadas na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, a AES, Casa dos Ventos, Fortescue, Cactus e Voltalia.

Até o momento, também foram assinados 37 memorandos de entendimento com empresas brasileiras e internacionais.

“O Porto do Pecém é uma área de riqueza. Nós queremos ter desenvolvimento, mas também ter os cearenses crescendo à medida que o Porto do Pecém cresce. Fico muito animado com esse projeto da FRV, que é inovador”, avaliou Elmano de Freitas.

Saiba mais sobre a FRV

Fundada na Espanha, em 2006, a FRV é líder global em fornecer soluções de energia limpa e renovável em todo o mundo. Tem operação em quatro continentes, com mais de 50 plantas de geração de energia. A empresa tem 2 GW em operação, 1,5 GW em construção e 24 GW em desenvolvimento. Especificamente em relação ao hidrogênio verde, a FRV está desenvolvendo projetos no mundo que somam 6 GW.
executivos da FRV.

 

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