Ceará ultrapassa 82 mil conexões de geração própria de energia solar
No Brasil, a geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos beneficia cerca de 3,7 milhões de consumidoresO Ceará ultrapassou 82 mil conexões de geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos. O Estado atraiu mais de R$ 4,6 bilhões em investimentos no segmento desde 2012.
Isso representa mais de 931 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Essa potência de geração já chega a mais de 105 mil consumidores.
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Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar). No ranking nacional, o Ceará se encontra na 11ª posição, com atração de mais de R$ 4,6 bilhões de investimentos, desde 2012.
Além disso, a tecnologia fotovoltaica em utilização já impulsionou a geração de mais de 27 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos.
Para Jonas Becker, coordenador estadual da ABSolar no Ceará, a energia solar está presente em todo o Estado estimulando a economia de diversos setores.
“A energia solar é uma atividade econômica vertical. Ela, no estado, está presente em projetos tanto de pequeno quanto de grande porte. Isso ocorre em todo o nosso território, desde a capital, Fortaleza, até o interior e o litoral, onde há muitos projetos de energia que movimentam toda a área de serviços de hotéis, de alimentação, de combustível, de mão de obra, entre outros”, destaca.
Energia solar no Brasil
A tecnologia fotovoltaica está presente em 5.545 municípios do Brasil, com uma geração própria de energia solar de mais de 2,6 milhões, beneficiando cerca de 3,7 milhões de consumidores.
Desse total, 79%, ou seja, mais de 2 milhões de sistemas, estão em residências.
Para Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSolar, o avanço da energia solar no país se deve a uma combinação de fatores, tanto no âmbito governamental, com a criação de programas e melhorias nos ambientes regulatório e tributário, quanto no âmbito financeiro, com mudanças nos preços da energia solar e elétrica.
“Ao longo dos últimos anos, a tecnologia teve uma redução de preço na ordem de 86%. Acompanhando isso, nós tivemos também, infelizmente, um aumento do preço da energia elétrica para os consumidores acima da inflação, uma tendência já histórica no Brasil. Isso pressiona o bolso dos consumidores, sejam eles famílias, setores produtivos, produtores rurais ou mesmo gestores públicos”, comenta.
No acumulado, desde 2012, já foram cerca de R$ 142,5 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 870 mil empregos no País.
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