Após êxito em Lima, Latam visa expansão na América Latina

Recém-lançado, voo direto entre Brasília a Santiago, no Chile, integra estratégia da companhia aérea na busca por trechos mais ágeis para brasileiros

Enquanto a aviação em escala global se expande e supera números pré-pandêmicos, passageiros brasileiros ainda enfrentam o desafio das muitas escalas dentro do próprio País para realizar um voo internacional. A estratégia das companhias, a exemplo da Latam que acaba de lançar voo direto entre Brasília e Santiago, é justamente encurtar essas distâncias.

“Hoje a gente tem trabalhado muito para aumentar a capacidade de oferta de assentos. A Latam é a empresa que mais conecta os brasileiros com o mundo. Temos mais de 90 destinos e esperamos que a gente possa conectar ainda mais, direta ou indiretamente, os brasileiros”, aponta Eduardo Macedo, gerente de Assuntos Públicos da Latam Brasil. 

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Com a rota para o Chile, a companhia objetiva repetir o êxito do trecho direto entre Brasília e Lima, no Peru, lançado em março de 2023. Ao todo, em 740 voos neste pouco mais de um ano, a Latam transportou 130 mil passageiros.

Agora, o foco é repetir o feito com Santiago, que possui saídas às terças, quintas e sábados.

“O voo dispensa conexão com o Aeroporto de Guarulhos, reduzindo de oito para menos de cinco horas o tempo de voo saindo de Brasília para Santiago”, detalha Eduardo, pontuando que a companhia tem reforçado o potencial da Capital como porta de entrada para a América do Sul.

Para Paco Britto, secretário de Relações Internacionais do Distrito Federal, é “fundamental” que a expansão da capacidade do Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek esteja atrelada a estratégias para atrair brasileiros para a região Centro-Oeste – um duplo movimento de receber turistas para experiências domésticas e abrir portas para o mundo.

“O objetivo é também movimentar a rede hoteleira (de Brasília) e o comércio, também promover a bela arquitetura do Distrito Federal. Com mais voos, quem ganha é a população da cidade. A visão do Governo é pensar como melhorar para o usuário, para mim e para você”, analisa o gestor.

Em visita ao município de Puerto Varas, no Chile, o casal de aposentados brasileiros Rubens Siqueira, de 75 anos, e Sheila Junqueira, de 73, reforçam a necessidade de novas opções de voos para os brasileiros conseguirem economizar tempo e dinheiro.

"Já viemos três vezes para Santiago e tínhamos muita vontade de conhecer a Patagônia Chilena e estamos encantados. A gente ama viajar", celebra Sheila, que vive no Vale do Paraíba, no estado de São Paulo.

A aposentada pontua o desejo de voltar - dessa vez com os filhos - ao país latino-americano "logo mais". "Nós vivemos num país tropical, que é lindo e maravilhoso, mas está cada vez mais quente com essas várias ondas de calor. Aqui é outra experiência, queria sentir um pouquinho de frio", conta.

Expectativa de expansão global

Os movimentos das companhias nacionais refletem o cenário global. As companhias aéreas esperam transportar quase 5 bilhões de pessoas em todo o mundo este ano, superando o recorde de 2019, antes da pandemia de covid-19, anunciou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) na segunda-feira, 3.

Reunida em assembleia geral em Dubai, a entidade também prevê que as empresas devem gerar um lucro líquido global de 30,5 bilhões de dólares (R$ 159,8 bilhões) em 2024 e um faturamento sem precedentes de 996 bilhões de dólares (R$ 5,2 trilhões).

Estes resultados representam "um grande sucesso dadas as graves perdas recentes devido à pandemia", afirmou o diretor-geral da Lata, Willie Walsh, perante os delegados da sua organização, que reúne 320 companhias aéreas que representam 83% do tráfego mundial.

Os 4,96 bilhões de passageiros esperados para este ano ultrapassariam o recorde de 4,54 bilhões de 2019.

A crise sanitária causou enormes prejuízos no setor do transporte aéreo, estimados pela Lata em 183 bilhões de dólares (R$ 959,1 bilhões na cotação atual) entre 2020 e 2022. (Com AFP)

*O jornalista viajou a convite da Latam

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