Reajuste dos planos de saúde individual e familiar pode ser de até 6,91%, diz ANS

Percentual anunciado é o máximo que pode ser aplicado para o reajuste anual no período de maio de 2024 a abril de 2025. No Ceará, 355.819 consumidores são impactados

O reajuste anual dos planos de saúde individual e familiar regulamentados foi limitado a um aumento de até 6,91%, podendo ser aplicado no período de maio de 2024 a abril de 2025.

Este é o menor percentual de mudança em quatro anos. Isso porque em 2021 houve uma queda de 8,19%.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

No Ceará, 355.819 consumidores são impactados. A quantidade representa 25,69% do número de beneficiários no Estado.

Isso porque a maioria, ou 1.028.186, faz parte dos planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão.

O teto para encarecer as contas dos beneficiários foi anunciado nesta terça-feira, 4 de junho, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A alta vale para os contratados a partir de 1º de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98 e impacta quase 8 milhões de vidas no País.

Isso representa 15,6% dos 51 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil, conforme dados de março de 2024 da Agência.

Vale frisar que o índice de 6,91% foi avaliado pelo Ministério da Fazenda e aprovado em reunião de Diretoria Colegiada na manhã desta terça-feira, 4. A decisão será publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Veja o histórico de reajustes dos planos de saúde em 24 anos

Quando aumentam os preços do plano de saúde

O reajuste dos planos de saúde individual e familiar regulamentados poderá ser aplicado pela operadora no mês de aniversário do contrato, ou seja, no mês da data de contratação do plano.

Para os contratos que aniversariam em maio e junho, a cobrança deverá ser iniciada em julho ou, no máximo, em agosto, retroagindo até o mês de aniversário do contrato.

Como saber o quanto aumentou o valor do plano de saúde

Os consumidores devem ficar atentos aos seus boletos de pagamento e observar se o percentual aplicado é igual ou inferior ao definido pela ANS (6,91%).

Além disso, verificar se a cobrança com o índice de reajuste está sendo feita a partir do mês de aniversário do contrato, que é o mês em que o contrato foi firmado.

Vale lembrar que para os contratos com data de aniversário em maio e junho, a cobrança deverá ser iniciada em julho ou, no máximo, em agosto, retroagindo até o mês de aniversário do contrato.

Já para os contratos com aniversário a partir de julho, as operadoras podem iniciar a cobrança em até, no máximo, dois meses após o aniversário do contrato, também retroagindo até o mês de aniversário.

Por que os planos de saúde aumentaram

Segundo Paulo Rebello, diretor-presidente da ANS, o índice definido reflete a variação das despesas assistenciais ocorridas em 2023 em comparação com as despesas assistenciais de 2022 dos beneficiários de planos de saúde individuais e familiares.

"Quando falamos de planos de saúde, a variação de despesas está diretamente associada à variação de custos dos procedimentos e à frequência de utilização dos serviços de saúde”, explica.

E para chegar ao percentual de 2024, a ANS utilizou a metodologia de cálculo que vem sendo aplicada desde 2019, que combina a variação das despesas assistenciais com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), descontado o subitem Plano de Saúde.

“Importante ressaltar também que essa metodologia é baseada na variação das despesas médicas apuradas nas demonstrações contábeis das operadoras e em um índice de inflação, o que garante previsibilidade e transparência para toda a sociedade”, diz o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos, Alexandre Fioranelli.

Portanto, o preço final do plano de saúde é impactado por fatores como a inflação e o aumento ou queda da frequência de uso do plano de saúde e os custos dos serviços médicos e dos insumos, como produtos e equipamentos médicos. 

Na avaliação da ANS, as despesas assistenciais per capita nos planos individuais regulamentados tiveram crescimento de 10,16% em 2023 comparado a 2022.

"Essa variação observada nos custos assistenciais reflete o aumento dos preços dos serviços e insumos de saúde, bem como aumento no padrão de consumo de serviços de saúde associado a incorporações no rol de procedimentos da saúde suplementar", frisa a agência.

Além disso, a ANS acrescente que não é correto comparar o índice de reajuste com o índice de inflação.

"Os índices de inflação medem a variação de preços de produtos e serviços. Já os índices de reajuste de planos de saúde são “índices de valor”, pois medem a variação combinada não somente de preços, mas também de quantidades consumidas. Dessa forma, o percentual calculado pela ANS considera aspectos como as mudanças nos preços dos produtos e serviços em saúde, bem como as mudanças na frequência de utilização dos serviços de saúde." 

 

Como trocar de plano de saúde por um mais barato

Mais notícias de Economia

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Plano de saúde Empresas

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar