Após demissão de Prates, Petrobras troca diretor financeiro e de relações com investidores
Diretora executiva de assuntos corporativos da estatal, Clarice Copetti, assume interinamente a Presidência; e então gerente executivo de finanças, Carlos Alberto Rechelo Neto, fica à frente das diretorias por enquanto
13:25 | Mai. 15, 2024
A Petrobras anunciou, nesta quarta-feira, 15 de maio, que o seu Conselho de Administração aprovou a demissão do então presidente Jean Paul Prates e destituiu do cargo o diretor financeiro (CFO, em inglês) e de relações com investidores, Sergio Caetano Leite.
De forma interina, assumiu a Presidência da estatal a diretora executiva de Assuntos Corporativos, Clarice Copetti, até a eleição e posse da nova presidente Magda Chambriard.
Já o gerente executivo de finanças, Carlos Alberto Rechelo Neto, também assumiu a posição de CFO e diretor de relações com investidores de forma interina, à espera da eleição do novo diretor pelo Conselho de Administração da companhia.
Além disso, o senador federal Prates renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração após o encerramento antecipado do seu mandato à frente da Presidência. As informações foram divulgadas pela Petrobras em fato relevante ao mercado.
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Na manhã desta quarta, 15, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) abriram o pregão da Brasil, Bolsa, Balcão (B3) em queda de 8%, impactadas pela troca na gestão anunciada na noite de terça-feira, 14. O Índice Bovespa (Ibovespa) também tem operado em baixa devido à movimentação.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) declarou, em nota, que respeita a decisão soberana do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao comando da Petrobras, e agradece o relacionamento desenvolvido com Prates nos últimos anos.
Em relação à nomeação de Magda, a FUP destaca que "tem confiança de que será mantida a boa relação com a futura gestão da estatal, em favor do fortalecimento da Petrobras, do desenvolvimento do país e dos trabalhadores."
O Sindicato dos Petroleiros do Ceará (Sindipetro Ceará) afirmou, também, que entende ser competência do Governo Federal a determinação de cargos na estatal "alinhados ao plano de governo vencedor nas ruas."