Previsão da safra no Ceará em 2024 é de 683,7 mil toneladas, diz IBGE

A produção esperada para 2024 para cereais, leguminosas e oleaginosas é 21,7% maior ante a estimativa anterior, de 561.658 toneladas

produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2024 no Ceará deve totalizar 683.707 toneladas. A quantidade é 43,8% maior que a obtida em 2023 (475.580 toneladas)

Este é o quarto mês do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) no ano, e se refere ao período de 16 de março de 2024 a 15 de abril de 2024. 

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Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostram que a produção esperada para 2024 para cereais, leguminosas e oleaginosas é 21,7% maior ante a estimativa anterior, de 561.658 toneladas.

Cenário nacional

No Brasil, a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 299,6 milhões de toneladas em 2024.

Isso representa uma produção 5,0% menor do que a obtida no ano passado (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de março, houve um aumento de 0,4% ou de 1,2 milhão de toneladas.

A produção de soja, principal commodity do país, cresceu 0,9% na comparação com o previsto em março e deve chegar a 148,3 milhões de toneladas. Essa quantidade equivale a uma retração de 2,4% na comparação com o total produzido no ano passado.

Os efeitos causados pelo fenômeno climático El Nino, caracterizado pelo excesso de chuvas nos estados da Região Sul e falta de chuvas regulares com elevadas temperaturas no Centro-Norte do Brasil, trouxeram uma limitação no potencial produtivo da leguminosa.

O destaque positivo ficou por conta do Rio Grande do Sul, como pontua o gerente da pesquisa, Carlos Barradas. Isso porque quando se fala da soja, há uma recuperação neste início do ano após um período de seca que afetou três safras.

"Já no verão de 2023 para 2024, choveu bastante, causando um aumento na produção da soja e do milho primeira safra. Portanto, a produção da soja está se recuperando quando olhamos para a estimativa feita em abril, analisando essa primeira parte do ano."

A produção do milho, quando consideradas as duas safras, caiu 0,3% na comparação com o estimado no mês anterior e deve somar 115,8 milhões de toneladas em 2024, ficando 11,7% menor do que o produzido em 2023, uma queda de 15 milhões de toneladas.

“A produção do milho no Brasil apresentou queda principalmente por conta do preço, que caiu muito e desestimulou seu plantio na 2ª safra. Importante destacar também que o milho 1ª safra enfrentou problemas climáticos em alguns estados com poucas chuvas e muito calor."

"Uma das consequências, como já vínhamos destacando em outras divulgações, é que alguns produtores deixaram de lado essa produção para plantar algodão, o que também resultou em recordes de produção de algodão", complementa o gerente da pesquisa. 

Já a safra do arroz deve crescer 2,0% na comparação com o produzido do ano passado. A estimativa foi 0,3% maior em relação ao previsto em março, alcançando 10,5 milhões de toneladas. Juntos, a soja, o milho e o arroz respondem por 91,6% da produção de grãos no país.

“Esse crescimento deve-se, principalmente, ao aumento na área plantada, que subiu 3,7%. O arroz é plantando durante a safra de verão e sofre uma concorrência muito grande com a soja, principal cultura brasileira. Como os preços do arroz subiram nos últimos meses, houve também um aumento de área plantada em detrimento da soja em algumas localidades. Isso ajuda a explicar o crescimento de 2,0% na produção do arroz em relação ao ano passado”, destaca Barradas.

A estimativa de abril para a produção do sorgo foi de 4,0 milhões de toneladas, aumento de 6,6% com relação ao previsto em março e redução de 6,8% em relação ao obtido na safra 2023.

“Uma característica importante do sorgo é que ele é mais ‘rústico’, precisa de menos água. Portanto, quando o produtor perde a janela de plantio do milho de 2ª safra, ele acaba plantando o sorgo, pois esse grão suporta mais a falta de umidade. O aumento em relação à estimativa de março pode ter sido dado por alguns produtores, em algumas regiões, terem perdido a janela de plantio do milho de 2ª safra”, diz o gerente da pesquisa.

A estimativa da produção de feijão para 2024, considerando-se as três safras, cresceu 0,1% em relação ao mês anterior e deve alcançar 3,3 milhões de toneladas, um aumento de 11,1% em relação a 2023.

“É interessante observar que a produção do feijão atende tranquilamente o consumo brasileiro. O destaque vai para a 2ª safra, que já é a mais importante do Brasil e está em 1,6 milhão de toneladas, com o estado do Paraná sendo responsável por quase metade desse total, com 49,8% da produção”, salienta o gerente do LSPA.

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