Setor de serviços do Ceará recua 2,1% em março, aponta IBGE
O resultado vai na contramão do registrado nacionalmente, com avanço de 0,4%
11:04 | Mai. 14, 2024
O volume de serviços no Ceará recuou 2,1% na passagem de fevereiro para março de 2024. O resultado vai na contramão do registrado nacionalmente, com avanço de 0,4%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quando comparado com março de 2023, a queda foi ainda mais expressiva (-6,8%). No acumulado para o primeiro trimestre de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor fechou com estabilidade. Ou seja, não apresentou variação.
Por outro lado, levando em consideração os últimos 12 meses, o resultado é positivo, com alta de 2,3%. Já o índice de receita nominal obteve um recuo em relação ao mês anterior (-1,7%).
De acordo com as cinco atividades de divulgação pesquisadas, três obtiveram um resultado positivo no acumulado do ano: serviços prestados às famílias (4,7%), serviços de informação e comunicação (4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%).
Outros serviços (-7,2%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,7%) ficaram com as taxas negativas.
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Cenário nacional
Em março, o volume de serviços prestados no país voltou a avançar em março, registrando uma expansão de 0,4%, após ter recuado 0,9% em fevereiro.
O patamar ficou 12,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 1,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica (alcançado em dezembro de 2022).
Já no indicador acumulado para o primeiro trimestre de 2024, frente a igual período de 2023, o setor fechou com crescimento de 1,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão é de 1,4%.
Das cinco atividades de divulgação investigadas, quatro apresentaram avanço. O principal destaque foi para o setor de informação e comunicação, que cresceu 4,0% em março, eliminando a perda de 2,5% registrada em fevereiro.
“Essa expansão é explicada pelas altas de um conjunto de serviços investigados dentro de serviços de tecnologia da informação, tais como: desenvolvimento e licenciamento de software; portais, provedor de conteúdo e ferramenta de busca da internet; e consultoria em TI”, enumera Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
"São tipos de serviços que têm um mercado muito dinâmico, que envolve muita inovação, principalmente depois da pandemia, quando acelerou a informatização de muitas empresas e serviços", complementa.
Outra atividade com importante avanço em março foi a de profissionais, administrativos e complementares, que com a alta de 3,8%, se recupera da queda de 2,1% no mês anterior.
"Os destaques são os serviços de engenharia; os de administração de programas de fidelidade e de cartões de desconto; assim como a intermediação de negócios por meio de aplicativos, sendo os dois últimos ramos em franca expansão no pós-pandemia”, explica o pesquisador.
"O que se observa nos últimos meses, é que, em geral, os serviços voltados às empresas são mais dinâmicos. Assim, estão ditando o ritmo do setor de serviços, mais do que os serviços voltados às famílias", afirma Lobo.
Também registraram crescimento em março as atividades de transportes (0,3%) e serviços prestados às famílias (0,6%). Por fim, a categoria outros serviços (0,0%) ficou estável.
Na análise regional, 13 das 27 Unidades da Federação (UF) tiveram alta no volume de serviços na passagem de fevereiro para março. O impacto positivo mais importante veio de São Paulo (1,1%), seguido por Rio de Janeiro (1,1%), Minas Gerais (1,2%) e Espírito Santo (5,1%).
Em contrapartida, Rio Grande do Sul (-3,6%), seguido por Mato Grosso (-7,6%), Distrito Federal (-4,0%) e Mato Grosso do Sul (-9,7%) exerceram as principais influências negativas.