Grande Fortaleza foi a única região do Brasil que teve deflação em abril

O resultado foi influenciado sobretudo pelos reajustes de energia elétrica residencial de -2,92% a partir de 22 de abril, que teve peso de -3,98%, e pela gasolina (-3,97%)

A Grande Fortaleza foi a única região do País a registrar queda de preços em abril deste ano, com uma deflação de 0,15%.

O resultado foi influenciado sobretudo pelos reajustes de energia elétrica residencial de -2,92% a partir de 22 de abril, que teve peso de -3,80% no dado do período, e pela gasolina (-3,97%).

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Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 10 de maio, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para se ter ideia, no Brasil, o índice inflacionário foi de 0,38% e na análise somente da energia elétrica residencial houve retração de -0,46%.

Na avaliação geral, a maior variação da inflação ocorreu em Aracaju (0,78%), influenciada pelas altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).

Já quando se olham para os grupos que concentram todos os itens analisados na inflação, a Grande Fortaleza registrou queda em transportes (-1,54%), habitação (-1,02%) e despesas pessoais (-0,32%).

E as maiores variações de preços foram observadas principalmente nos grupos saúde e cuidados pessoais (1,13%), comunicação (0,73%), artigos de residência (0,71%) e alimentação e bebidas (0,47%). 

A inflação em Fortaleza no primeiro quadrimestre de 2024

No primeiro quadrimestre de 2024 (janeiro a abril), a Grande Fortaleza já apresentou inflação de 1,66%, mas ainda assim abaixo da média nacional, que foi de 1,80%.

As elevações se deram sobretudo em educação (5,86%), alimentação e bebidas (3,87%), saúde e cuidados pessoais (3,32%), comunicação (2,63%) e artigos de residência (1,85%).

Retração foi apresentada apenas nos grupos transportes (-2,16%) e vestuário (-0,50%).

12 meses de inflação na Grande Fortaleza

Em 12 meses de análise da inflação até chegar a abril de 2024, a Grande Fortaleza registrou 3,99% no IPCA divulgado pelo IBGE. Foi acima da média do Brasil (3,69%).

Os impactos mais relevantes vieram dos grupos educação (9,01%), saúde e cuidados pessoais (6,37%), habitação (4,95%), alimentação e bebidas ( 3,93%) e vestuário (3,05%). 

A única queda registrada foi em artigos de residência (-1,07%), puxada pela variação de preços de TV, som e informática (-5,89%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 30 de abril de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 28 de março.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do País, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Impacto em quem ganha de 1 a 5 salários mínimos no Ceará

Já no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 5 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, Fortaleza (-0,13%) também foi a única região que registrou queda de preços em abril.

Nesta base de comparação, também influenciaram energia elétrica residencial (-3,98%) e gasolina (-3,97%).

A maior variação foi em Aracaju (0,84%), por conta das altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).

No Brasil, o INPC teve alta de 0,37% em abril, 0,18 ponto percentual acima do resultado observado em março (0,19%). 

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