Com média de R$ 1.861, Ceará tem a 5ª menor renda mensal do País, diz IBGE
Conforme o IBGE, rendimento médio mensal da população cearense com os diversos tipos de fonte de renda em 2023 ficou bem abaixo da média nacional de R$ 2.846
15:34 | Abr. 19, 2024
O rendimento mensal médio da população cearense em 2023 foi de R$ 1.861. Esse montante é o quinto menor entre os estados brasileiros. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua - Rendimento de todas as fontes 2023.
(Veja abaixo a lista completa do rendimento mensal médio por estado).
Conforme a pesquisa, divulgada nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os valores são referentes aos diversos tipos de fonte de renda a que a população teve acesso, como trabalho, aposentadorias e pensões e também benefícios sociais.
O resultado cearense ficou abaixo da média nacional. Em 2023, o conjunto dos estados brasileiros teve renda mensal média de R$ 2.846.
Assim, a renda mensal média dos cearenses é 52,9% menor do que o que é considerado a média nacional.
Em comparação com outros estados, o Ceará só tem condição melhor do que Alagoas (R$ 1.915), Pernambuco (R$ 1.824), Bahia (R$ 1.806) e Maranhão, que possui o menor rendimento médio do País, com R$ 1.730.
Já o Distrito Federal possui o maior rendimento mensal médio dentre todas as unidades da federação, com R$ 4.966, seguido de São Paulo (R$ 3.520) e Rio de Janeiro (R$ 3.510).
Rendimento médio do trabalho no Ceará é o 3º pior do Brasil
O IBGE também detalhou o quanto é representativo o rendimento médio mensal advindos do trabalho. O Ceará tem a terceira pior média do País neste quesito, com R$ 1.926.
Neste recorte, só aparecem piores do que o Estado, o Maranhão (R$ 1.877) e a Bahia, com R$ 1.865.
A média nacional para o rendimento do trabalho chega a R$ 2.979. O Distrito Federal é quem puxa para cima esse resultado, com rendimento médio de R$ 4.944.
Segundo o IBGE, a massa do rendimento mensal real, habitualmente recebido, de todos os trabalhos bateu o recorde histórico a nível nacional, com R$ 295,6 bilhões.
O resultado representa o segundo ano consecutivo de melhoria de cenário e a recuperação mais clara desde a pandemia. Em 2023, o nível da massa de rendimento superou pela primeira vez o nível pré-pándemia.
No nivel nacional, entre 2022 e 2023, a população ocupada com rendimento cresceu 4,2%, passando de 95,2 milhões para 99,2 milhões. Em 2019, ano antes da pandemia, esse número era de 92,8 milhões.
Desigualdade de renda no trabalho: Ceará tem o 7º pior desempenho
Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua - Rendimento de todas as fontes 2023, ainda é destacado o Índice de Gini do rendimento médio de todos os trabalhos.
O indicador reflete sobre a distribuição de rendimentos do trabalho. Tendo isso em mente, o Ceará possui o sétimo pior desempenho entre os estados.
A desigualdade de rendimentos entre os trabalhadores é pior no Piauí, com índice 0,587 (quanto mais próximo de 1, mais desigual). Logo em seguida vem o estado da Paraíba (0,584) e depois o Distrito Federal (0,540).
Neste levantamento, a média nacional é de 0,494.
O estado que tem o melhor resultado no Índice de Gini do rendimento de todos os trabalhos em 2023 foi o de Santa Catarina (0,395)
Rendimento médio mensal de todas as fontes da população em 2023 - por estado
- Distrito Federal: R$ 4.966
- São Paulo: R$ 3.520
- Rio de Janeiro: R$ 3.510
- Rio Grande do Sul: R$ 3.208
- Santa Catarina: R$ 3.203
- Paraná: R$ 3.052
- Mato Grosso do Sul: R$ 3.035
- Mato Grosso: R$ 3.024
- Goiás: R$ 2.960
- Espírito Santo: R$ 2.907
MÉDIA BRASIL: R$ 2.846 - Minas Gerais: R$ 2.753
- Roraima: R$ 2.605
- Amapá: R$ 2.589
- Rondônia: R$ 2.475
- Tocantins: R$ 2.441
- Rio Grande do Norte: R$ 2.230
- Amazonas: R$ 2.199
- Pará: R$ 2.155
- Piauí: R$ 2.145
- Paraíba: R$ 2.130
- Acre: R$ 2.087
- Sergipe: R$ 1.915
- CEARÁ: R$ 1.861
- Alagoas: R$ 1.839
- Pernambuco: R$ 1.824
- Bahia: R$ 1.806
- Maranhão: R$ 1.730
Fonte: Pnad Contínua - Rendimento de todas as fontes 2023/IBGE