Previsão da safra no Ceará em 2024 é de 561,6 mil toneladas, aponta IBGE

A produção esperada para 2024 para cereais, leguminosas e oleaginosas é 3,7% maior ante a estimativa anterior, de 541.748 toneladas

Em março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2024 no Ceará deve totalizar 561.658 de toneladas, 18,1% maior que a obtida em 2023 (475.580 toneladas)

Este é o terceiro mês do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), e se refere ao período de 16 de fevereiro de 2024 a 15 de março de 2024. 

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Os dados foram apresentados nesta quinta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostram que a produção esperada para 2024 para cereais, leguminosas e oleaginosas é 3,7% maior ante a estimativa anterior, de 541.748 toneladas.

Cenário nacional

No Brasil, a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,3 milhões de toneladas em 2024.

Isso representa uma produção 5,4% menor do que a obtida no ano passado (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de fevereiro, houve uma queda de 0,8% ou de 2,3 milhões de toneladas.

A produção de soja, principal commodity do país, caiu 1,6% na comparação com o previsto em fevereiro e deve chegar a 146,9 milhões de toneladas.

Essa quantidade equivale a uma retração de 3,3% na comparação com o total produzido no ano passado. O resultado negativo é explicado especialmente pela presença de fenômenos climáticos como o El Niño.

“Em novembro e dezembro, houve muitos problemas climáticos: choveu muito no Sul, enquanto no Centro-oeste faltou chuva. Então houve quebra de produção, principalmente da soja e da primeira safra do milho. Como os preços do milho caíram, os produtores estão reduzindo a área de plantio, o que afetou a segunda safra”, explica o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

A produção do milho, que deve somar 116,1 milhões de toneladas em 2024 caiu 0,6% na comparação com o estimado no mês anterior e 11,4% em relação ao produzido em 2023, quando consideradas as duas safras.

“Por outro lado, com a queda dos preços do milho, alguns produtores deixaram de lado essa produção para plantar algodão, que teve um crescimento de 2,3% em relação ao estimado no mês passado e de 8,0% na comparação com 2023. É um recorde de produção”, ressalta Barradas.

A previsão é de que o algodão em caroço chegue a uma produção de 8,4 milhões de toneladas neste ano.

Já a safra do arroz deve crescer 1,7% na comparação com o produzido do ano passado, alcançando 10,5 milhões de toneladas. Juntos, a soja, o milho e o arroz respondem por 91,6% da produção de grãos no país.

Por sua vez, a produção do feijão também deve crescer, atingindo 3,3 milhões de toneladas, somadas as três safras.

Essa quantidade representa um crescimento de 2,8% na comparação com o estimado no mês anterior e de 11,1% com o produzido no ano passado. Para Barradas, a safra da leguminosa será suficiente para prover o consumo interno do país neste ano.

“Com isso, não deve haver necessidade de importação. É possível observar que os preços do feijão já estão caindo”, avalia o pesquisador.

Outros destaques em relação à estimativa de fevereiro foram a cevada (aumento de 12,3% ou 50,8 mil toneladas), a aveia (4,6% ou 53,3 mil toneladas), a primeira safra da batata (3,8% ou 63,5 mil toneladas), o trigo (3,3% ou 318,6 mil toneladas) e o café canephora (3,2% ou 34,9 mil toneladas).

“Estamos observando uma boa safra de café. Além de estar em bienalidade positiva, o clima ajudou bastante essa produção, já que tem chovido nas principais regiões produtoras, como Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo”, detalha Barradas. A produção das duas espécies de café (arábica e canephora) deve somar 3,6 milhões de toneladas, um crescimento de 1,4% em relação ao estimado em fevereiro e de 5,6% na comparação com o produzido em 2023.

Por outro lado, entre as quedas, destaca-se a uva (-9,9% ou -159,0 mil toneladas). A retração na estimativa é relacionada a problemas climáticos no Sul, principal região produtora da fruta no país.

A área a ser colhida caiu 0,2% (ou 125,5 mil hectares) na comparação com a de 2023, totalizando 77,7 milhões de hectares. Houve retração na área do milho (-5,8%), do trigo (-6,6%) e do sorgo (-4,4%). Ante a estimativa de fevereiro, a queda foi de 0,4% no país, o que representa 286,0 mil hectares.

Entre as unidades da federação, Mato Grosso continua sendo o maior produtor nacional de grãos, respondendo por 28,2% do total produzido no país.

Em seguida vem o Paraná (13,7%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (5,7%). Somados, esses seis estados representam 79,5% da produção brasileira de grãos.

Regionalmente, o Centro-Oeste (47,0%) lidera esse ranking, enquanto as demais regiões têm as seguintes participações: Sul (29,2%), Sudeste (9,4%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,7%).

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