75,3% dos fortalezenses estão endividados em abril, analisa Fecomércio Ceará

Em abril, endividamento da população de Fortaleza cresceu 2,2 pontos percentuais (p.p.) na base mensal, mas caiu 0,4 p.p. na comparação anual

Em meio à necessidade de cautela por parte dos consumidores, Fortaleza registrou que 75,3% dos seus residentes possuíam dívidas durante o mês de abril. Os dados foram levantados pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), ligado à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio).

O número apresentou alta de 2,2 pontos percentuais em relação ao mês de março, quando o percentual estava em 73,1%. Já em comparação a abril de 2023, na base anual, houve pouco recuo, de 0,2 p.p., o equivalente a um percentual de 75,7%.

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As despesas comuns no início do ano, como os gastos escolares e o pagamento de tributos, podem ter impactado significativamente as famílias na visão da Fecomércio. “Com o orçamento comprometido, há uma pressão sobre os indicadores de endividamento, (...) sugerindo a necessidade de cautela por parte dos consumidores.”

A pesquisa mostrou ainda que 24,2% da população da capital está com contas ou dívidas em atraso, com um aumento de 2,4 p.p. na comparação mensal entre abril e março (21,8%). Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 0,4 p.p.

Segundo a Fecomércio, o perfil do consumidor com contas em atraso mostra predominância do gênero masculino, com idade superior aos 35 anos e renda familiar acima de dez salários mínimos ou R$ 14.120.

“O comprometimento da renda em Fortaleza é significativo, com os consumidores destinando, em média, 45,6% da renda familiar para o pagamento de dívidas”, acrescentou a entidade no levantamento divulgado nesta quarta-feira, 10.

Cartões de crédito (80,5%), financiamentos bancários (18,8%), empréstimos pessoais (9,5%) e carnês/crediários (4,5%) foram os principais instrumentos de crédito utilizados. “O endividamento médio é de R$ 1.794 com prazo médio de nove meses para o seu vencimento total”, detalhou.

Os gastos que mais contribuíram para o endividamento da população da capital cearense foram relacionados à compra de alimentos a prazo e a gastos com saúde, aluguel residencial e itens de vestuário.

Além disso, a taxa de inadimplência potencial registrou crescimento em abril, “indicando que 11,9% dos consumidores enfrentarão dificuldades financeiras para cumprir suas obrigações”, conforme a pesquisa.

No perfil do consumidor inadimplente, houve equilíbrio entre gêneros, com destaque para a faixa etária acima dos 35 anos e renda familiar mensal superior a dez salários mínimos.

A falta de planejamento do orçamento foi um problema crítico para o controle das dívidas, de acordo com a Fecomércio. A falta de orçamento e controle dos gastos, gastos imprevistos e compras por impulso estão entre os principais fatores que impulsionaram a questão.

“Apesar dos desafios apresentados, 74% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento”, complementou a entidade.

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