Com melhoria na receita no 4º tri, Hapvida reduz em 46% prejuízo líquido em 2023
Dados fazem parte do balanço divulgado pelo Hapvida NotreDame Intermédica ao mercado financeiroA Hapvida NotreDame Intermédica (HAPV3) segue a jornada de redução do seu prejuízo líquido e reportou ao mercado queda de 46,1% na comparação dos resultados de 2023 com 2022. O movimento ocorre após a melhora das receitas líquidas, que ficaram em R$ 27,4 bilhões no fechamento do ano, 10% a mais do que em 2022.
No fechamento do ano, a companhia sediada no Ceará mantinha uma dívida líquida de R$ 4,79 bilhões, menor 3,2% em relação a setembro de 2023.
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Maior operadora de saúde da América Latina, Hapvida observou melhora no índice de sinistralidade, que é medida da despesa médica com o beneficiário em relação ao quanto dele recebe e alta do ticket médio, que ficou em R$ 256,50 no último trimestre de 2023.
Conforme o balanço, nos últimos três meses do ano, HAPV3 apresentou uma receita líquida de R$ 6,9 bilhões ante R$ 6,5 bilhões obtidos no igual período do ano de 2022, alta de 6,7%.
A sinistralidade caiu de 74,9% no 1º trimestre de 2022 - ano em que houve a fusão entre Hapvida e NotreDame Intermédica - para 69,3% no último trimestre de 2023. Já o indicador de ticket médio, na comparação com o mesmo período de 2022, apresentou alta de 10,75%.
O indicador de sinistralidade do quarto trimestre de 2023 é ainda o primeiro abaixo de 70% na empresa. "Foi o melhor desempenho desde a fusão das duas companhias", disse o CEO da Hapvida, Jorge Pinheiro.
Ao fim do quarto trimestre, Hapvida NotreDame Intermédica possui 441,4 mil beneficiários (planos de saúde e ortodônticos somados), uma redução de 49,1 mil vidas em comparação com igual período de 2022.
Ainda em relação aos beneficiários, no acumulado do ano, Hapvida perdeu 273,9 mil beneficiários em planos de saúde, sendo 379,6 mil de maneira orgânica. A perda foi parcialmente compensada pela adição de 105,7 mil vidas oriundas da HB Saúde.
No que se refere à trajetória de queda da relação lucro/despesa antes dos ajustes, a redução no prejuízo líquido foi impulsionada nos últimos três meses do ano, quando chegou a R$ 29,9 milhões, praticamente 90% menos do que no mesmo período do ano anterior, quando chegou a R$ 316,7 milhões.
Isso resultou em um resultado líquido de prejuízo de R$ 739,2 milhões no acumulado de 2023, menos do que o R$ 1,37 bilhão do resultado de 2022.
No Lucro Líquido Ajustado, a companhia apresenta um resultado de R$ 846,2 milhões.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 2,93 bilhões, com margem de 10,7%, resultado positivo em relação a 2022. Somente no último trimestre, o Ebitda ajustado subiu 58,6% para R$ 949,7 milhões, com elevação de 4,5 pontos percentuais da margem do indicador, para 13,7%.
"Vale ressaltar que a Companhia realizou a maior consolidação do setor de saúde suplementar nos últimos anos e está vivendo a maior integração de sua história. Ao longo desses anos, foram adquiridas mais de 50 entidades, com diferentes bancos de dados em sistemas legados. Nesse sentido, os contornos de complexidade ganharam outra dimensão", afirmou o diretor vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores, Luccas Augusto Adib, em fato relevante ao mercado.
Dentro dessas aquisições às quais o executivo se refere, somente no último período do ano foram incluídas no portfólio da Hapvida NotreDame Intermédica novas 11 unidades a mais do que o terceiro trimestre do ano, sendo dois novos hospitais, oito novas clínicas e mais uma unidade de diagnóstico, a empresa fecha o ano com 796 unidades próprias.
Resultados do Balanço Hapvida 2023
- Receita líquida: R$ 27,383 bilhões (+10,1% em relação a 2022)
- Despesa líquida (no 4T/2023): R$ 4,796 bilhões (-32,45%)
- Lucro/Prejuízo líquido: R$ -739,2 milhões (-46,1%)
- Lucro líquido ajustado: R$ 846,2 milhões (+38,3%)
- Resultado financeiro: R$ 2,932 bilhões (+0,6%)
- Ebitda ajustado: R$ 2,932 bilhões (+47,6%)