Grande Fortaleza tem 2ª maior alta do Brasil na prévia da inflação de março

Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,48%, atrás apenas de Belém, com 0,74%. O crescimento foi pressionado pelo grupo de Alimentação e Bebidas

10:23 | Mar. 26, 2024

Por: Fabiana Melo
O crescimento foi pressionado pelo grupo de Alimentação e Bebidas (foto: FERNANDA BARROS)

A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou uma alta de 0,48% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação. Esta foi a segunda maior taxa do Brasil, atrás apenas de Belém, com 0,74%.

Além disso, é maior do que a média observada nacionalmente (0,36%). Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento foi pressionado por cebola (28,93%), tomate (18,44%) e banana-prata (13,18%). Todas do grupo de alimentação e bebidas.

Já as maiores baixas foram registradas em maracujá (-34,85%), batata-inglesa (-17,77%) e cinema, teatro e concertos (-10,36%).

Em relação aos últimos 12 meses, a RMF obteve o terceiro maior aumento do País, com alta de 4,82%. No acumulado do ano, o crescimento do primeiro trimestre é de 1,94%. 

Dos nove grupos pesquisados, cinco apresentaram elevação: alimentação de bebidas (0,98%), transportes (0,81%), habitação (0,78%), saúde e cuidados pessoais (0,44%) e comunicação (0,05%).

Por outro lado, despesas pessoais (-0,67%), vestuário (-0,55%), artigos de residência (-0,54%) e educação (-0,04%) registraram queda.

Confira os itens que ficaram mais caros em março

  • Cebola: 28,93%
  • Tomate: 18,44%
  • Banana-prata: 13,18%
  • Laranja-pera: 7,37%
  • Ovo de galinha: 7,1%

Confira os itens que ficaram mais baratos em março

  • Maracujá: -34,85%
  • Batata-inglesa: -17,77%
  • Cinema, teatro e concertos: -10,36%
  • Mamão: -7,43%
  • Cenoura: -6,63%

Cenário nacional 

No Brasil, a prévia da inflação ficou em 0,36% em março, 0,42 ponto percentual (p.p.) menor que a de fevereiro, quando variou 0,78%. O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,91%.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em março. Além do grupo Alimentação e bebidas, também se destacaram os grupos Transportes (0,43%) e Saúde e cuidados pessoais (0,61%).

Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%).

Outros itens apresentaram queda, como a batata-inglesa (-9,87%), a cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%).

A alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março). O lanche (0,19%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,79%).

No grupo Transportes (0,43%), houve queda na passagem aérea (-9,08%), que registrou o maior impacto negativo no mês. Por outro lado, a gasolina (2,39%) teve o maior impacto positivo.

Em relação aos demais combustíveis (2,41%), houve alta nos preços do etanol (4,27%), enquanto o gás veicular (-2,07%) e o óleo diesel (-0,15%) registraram queda. O subitem táxi apresentou alta de 0,61% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (6,04%), a partir de 8 de fevereiro.

Ainda em Transportes, a variação do ônibus intermunicipal (0,71%) foi influenciada por reajustes no Rio de Janeiro (6,69%), a partir de 24 de fevereiro; e em Curitiba (6,41%), a partir de 5 de fevereiro. No subitem trem (-1,00%), houve redução de 4,05% nas tarifas no Rio de Janeiro (-2,20%), a partir de 2 de fevereiro.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,61%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,73%) e pelos itens de higiene pessoal (0,39%).

No grupo Habitação (0,19%), no resultado do gás encanado (-0,35%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados a partir de 1º de fevereiro: no Rio de Janeiro (-0,65%), redução média de 1,30%; e em Curitiba (-1,20%), redução de 2,29%.

Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi registrada em Belém (0,74%), por conta das altas do açaí (18,87%) e da gasolina (1,96%).

Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,14%), que apresentou queda nos preços do automóvel usado (-3,19%) e das carnes (-1,02%).

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