Preço de ovo de Páscoa varia em até 125% em Fortaleza

Levantamento foi divulgado pelo Procon Fortaleza. O item foi encontrado mais caro no bairro Edson Queiroz, a R$ 116,90

A diferença de preços dos ovos de Páscoa em Fortaleza pode chegar a 125%. O ovo Diamante Negro da Lacta de 500 gramas pode ser encontrado a R$ 51,99, no bairro Jacarecanga (regional 1) e a R$ 116,90 no Edson Queiroz (regional 7).

O levantamento foi divulgado pelo Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza), nesta quinta-feira, 21.

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Veja lista com os preços abaixo.

Ao todo, foram pesquisados os preços de 47 produtos nas 12 regionais de Fortaleza, entre os dias 1º e 12 de março.

O órgão apurou cerca de 16 supermercados e lojas tradicionais do ramo, que encontraram dificuldades em encontrar alguns itens por conta da escassez de produtos.

Para auxiliar na economia doméstica das famílias, o Procon Fortaleza também coletou preços de ingredientes mais comuns para a fabricação caseira de ovos e itens de Páscoa, explica Wellington Sabóia, presidente do departamento.

"Toda economia é bem-vinda e serve como educação para o consumo, que é uma das atribuições do Procon. É preciso avaliar bem os preços e somar ao orçamento doméstico as despesas desse período para evitar futuras dívidas, pois ainda será necessário adquirir produtos da Semana Santa", afirma.

Para além dos preços elevados, Sabóia alerta para os riscos de acidentes com crianças envolvendo os brinquedos infantis que acompanham os ovos de Páscoa.

"Nesses casos, é bom certificar-se dos selos de qualidade e de segurança de órgãos que regulam o segmento", reforça o presidente do Procon Fortaleza.

Veja as variações de ovos de Páscoa tradicionais e infantis em Fortaleza

  • Laka Diamante Negro (500g): R$ 51,99 (Jacarecanga) e R$ 116,90 (Edson Queiroz). Variação de 125%
  • Kinder (100g): R$ 39,99 (Passaré) e R$ 88,49 (Messejana). Variação 121%
  • Authentic Games (100g): R$ 41,99 (Centro) e R$ 92,25 (Messejana). Variação de 120%
  • Tortuguita Brigadeiro (120g): R$ 29,99 (Centro) e R$ 55,89 (Messejana). Variação de 86%
  • Ferrero Rocher Dark (225g): R$ 56,99 (Passaré) e R$ 99,99 (Messejana). Variação de 75%

Caixas de chocolate

  • Caixa Lacta (250g): R$ 11 (Bairro de Fátima) e R$ 116,90 (Edson Queiroz). Variação de 87%
  • Caixa Garoto (250g): R$ 10,90 (Centro) e R$ 18,59 (Jacarecanga). Variação de 71%
  • Caixa Nestlé (251g): R$ 10,99 (Edson Queiroz) e R$ 18,59 (Jacarecanga). Variação de 69%

Ingredientes

O Procon Fortaleza também pesquisou os preços das barras de chocolate, de leite condensado, de coco ralado e de creme de leite, ingredientes usados para a fabricação caseira de ovos de chocolate.

Entre esses itens, o preço do pacote de coco ralado, de 100g foi encontrado a R$ 2,17 no Jangurussu e a R$ 4,69 no Passaré, uma variação de 116%.

A mesma variação também foi encontrada no chocolate granulado. O menor valor foi de R$ 3,19, no Monte Castelo e R$ 6,89, na Parangaba.

Veja as variações dos ingredientes para produtos da Páscoa

  • Coco ralado (100g): R$ 2,17 (Jangurussu) e R$ 4,69 (Passaré). Variação de 116%
  • Chocolate granulado (80g): R$ 3,19 (Monte Castelo) e R$ 6,89 (Parangaba). Variação de 116%
  • Barra chocolate branco Laka (165g): R$ 5,79 (Edson Queiroz) e R$ 11,53, (Meireles). Variação de 99%
  • Chocolate em pó solúvel Nestlé (200g): R$ 17,57 (Jangurussu) e R$ 34,85 (Messejana). Variação de 98%
  • Barra chocolate ao leite (92): R$ 4,45 (Bairro de Fátima) e R$ 7,79 (Jacarecanga). Variação de 75%
  • Barra chocolate meio amargo Nestlé (80g): R$ 5,99 (Edson Queiroz) e R$ 9,59 (Meireles). Variação de 60%
  • Creme de leite caixa Nestlé (200g): R$ 3,99 (Centro) e R$ 6,19 (Monte Castelo). Variação de 55%
  • Leite condensado lata Nestlé (395g): R$ 6,49 (Messejana) e R$ 9,99 (Meireles). Variação de 54%

Procon: dicas e direitos na compra de ovos de chocolate

  • Pesquise preços e a qualidade dos produtos. Ovos de Páscoa caseiros podem ser uma boa opção para economizar;
  •  Uma boa opção é dar preferência a compras em aplicativos dos supermercados e atacados;
  • Se houver divergência de preços entre o valor anunciado com o registrado no caixa, o consumidor deve pagar sempre o menor valor;
  • Fique atento às informações detalhadas sobre data de validade do produto, peso e composição;
  • A embalagem deve estar em boas condições de armazenamento - verifique se não há amassados ou furos que podem contaminar o produto;
  • Brinquedos devem estar certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) ou ainda pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), além de serem compatíveis com a idade da criança;
  • Ovos de chocolate importados devem trazer, no rótulo, a tradução em português;
  • Não pode haver exigência mínima de quantidade na compra de ovos de chocolates, bem como em outros produtos.

Cesta de Páscoa está 9,29% mais cara, diz pesquisa

A cesta de Páscoa para 2024 subiu 9,29% entre março de 2023 e fevereiro de 2024. O incremento nos preços é superior à inflação acumulada de 3,5%, medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP - 10).

O levantamento é do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE).

Dentro do espectro de produtos que compõem a cesta, a batata-inglesa registrou um aumento de 31,96% e o azeite de 39,82%.

Apesar da tendência ascendente dos preços em comparação a 2023, houve uma redução nos valores de itens fundamentais para o almoço da data comemorativa, como o bacalhau, que apresentou uma queda de 2,27%, afirma André Braz, coordenador de Índices de Preços do FGV IBRE.

Braz também ressalta a necessidade de vigilância por parte dos consumidores em relação à evolução dos preços à medida que a Páscoa se aproxima.

A pesquisa do FGV IBRE apresenta a inflação acumulada até fevereiro, mas não assegura que os produtos permanecerão estáveis ou se reduzirão até a chegada do feriado.

Ele alerta, especificamente, para a possibilidade de incremento nos preços dos peixes, impulsionado pelo aumento da demanda típica desse período.

Veja a variação acumulada de março de 2023 a fevereiro de 2024

  • IPC-10 FGV IBRE: 3,50%
  • Azeite: 39,82%
  • Batata-inglesa: 31,96%
  • Tilápia: 12,39%
  • Couve mineira: 11,96%
  • Corvina 10,97%
  • Complementos de mesa para Páscoa: 9,29%
  • Camarão: 8,6%
  • Atum: 7,98%
  • Refrigerantes e água mineral: 6,43%
  • Pescada: 5,68%
  • Ovos de galinha: 5,39%
  • Bolo pronto (panetone): 5,24%
  • Azeitona em conserva: 2,72%
  • Chocolate em pó: 2,29%
  • Bombons e chocolates: 1,89%
  • Vinho: 0,41%
  • Bacalhau: -2,27%
  • Cebola: -2,54%
  • Merluza: -4,79%
  • Sardinha: -5,1%
  • Sardinha em conserva: -5,19%

Vendas de chocolates premium devem crescer 17,6% na Páscoa de 2024

As vendas de chocolates premium devem crescer 17,6% em 2024 em comparação com o ano anterior.

O índice pode ser explicado pela queda da inflação, com a massa real de rendimentos crescendo 4,6% no último ano, as mudanças nos gostos dos consumidores e um desejo de indulgência e exclusividade durante a Páscoa.

Marcas como Dengo, Isabela Akkari, Pati Piv e Chocolat Du Jour estão bem posicionadas para capitalizar essa tendência, oferecendo experiências de chocolate artesanal de alta qualidade e comunicando efetivamente suas propostas de valor únicas.

Os dados são do estudo do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar), da FIA Business School.

A realização da pesquisa foi caracterizada em três categorias: premium, convencional e econômico. Para a identificação do perfil de cada uma, foram considerados fatores como posicionamento da marca, público-alvo, preços, qualidade do produto e percepção de exclusividade.

Na categoria convencional, marcas como Kopenhagen e Ferrero Rocher devem manter uma demanda quase 20% menor em relação ao ano passado.

Já empresas mais novas ou menos conhecidas no ramo podem enfrentar desafios para ganhar participação de mercado, o que destaca a importância de estratégias eficazes de marketing, diferenciação de produtos e engajamento do cliente, explica o levantamento.

Para a expectativa do grupo econômico, que contempla marcas como Garoto, Chocolates Brasil Cacau, Lacta e Cacau Show, a queda é de 4,5% nas vendas no comparativo com 2023.

O motivo é explicado pelo aumento da concorrência, mudanças nas prioridades dos consumidores e possíveis pressões econômicas.

"Esses resultados mostram a importância do controle da inflação para o consumo de bens. Entretanto, essas pressões, embora atenuadas, voltam a dar sinais de preocupação. O IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] de fevereiro chegou a 0,83%, o que equivale a uma inflação anual de 10,4%", analisa Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School.

A pesquisa também aponta potencial declínio na popularidade dos ovos caseiros e crescimento da demanda por alternativas fitness e mais saudáveis.

O estudo aponta que a escolha gera oportunidades para as marcas que pretendem atrair consumidores que buscam opções de chocolate artesanal de alta qualidade ou produtos que atendam a requisitos e preferências dietéticas específicas.

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