Ceará tem o pior resultado do Brasil no índice de turismo em fevereiro
Em contrapartida, na comparação com janeiro de 2023, o Estado teve uma retração de 5,4%, enquanto o Brasil avançou 0,5%. No últimos 12 meses, a queda foi de 5,5%O Ceará apresentou o pior resultado do Brasil no índice de atividades turísticas na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, com recuo de 5,4%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Na comparação com fevereiro de 2023, o Estado também teve uma retração de 4,4%, enquanto o Brasil avançou 0,3%. No acumulado no ano, a queda foi de 4,9%.
Quanto ao indicador de receita nominal de atividades turísticas, houve uma diminuição de 7,2% em relação à janeiro. Levando em consideração o acumulado no ano, o crescimento foi de 6,5%.
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Setor de serviços cai 1,3% no Ceará
Em relação ao volume de serviços, o Estado caiu 1,3% em fevereiro ante janeiro. Contudo, quando comparado a fevereiro de 2023, o avanço foi de 1,6%. Os dois percentuais porém, estão abaixo do nacional, de -0,9% e 2,5%, respectivamente.
Nos últimos 12 meses, o resultado também é positivo, com alta de 3,4%. Já no acumulado do ano, o setor de serviços cresceu 3,7%. O índice de receita nominal apresentou queda em relação ao mês anterior (-0,8%).
Sobre as atividades de divulgação, três avançaram: serviços profissionais, administrativos e complementares (11,7%), serviços de informação e comunicação (11,2%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,5%).
Por outro lado, outros serviços (-3,5%) e serviços prestados às famílias (-0,6%) apresentaram retração em relação a fevereiro de 2023.
Cenário nacional
O volume de serviços prestados no país recuou 0,9% na passagem de janeiro para fevereiro de 2024. O resultado chega após três meses de alta, período em que registrou 1,5% de expansão.
Assim, o volume de serviços ficou 11,6% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 1,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica (dezembro de 2022).
A pesquisa mostrou, ainda, crescimento de 2,5% no confronto contra fevereiro de 2023. No acumulado do primeiro bimestre de 2024, o volume de serviços cresceu 3,3% frente ao mesmo período do ano passado. O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,2%.
Quatro das cinco atividades investigadas na PMS tiveram queda no volume em fevereiro. De acordo com Luiz Almeida, analista da pesquisa, o resultado é fruto de um movimento de compensação após meses de alta.
"É uma descontinuação dos ganhos anteriores. Como observamos, por exemplo, na atividade de profissionais, administrativos e complementares", afirma.
O grupo caiu 1,9% em fevereiro após uma alta em janeiro impactada principalmente pelo pagamento de precatórios, que influenciou nas atividades jurídicas. "Como não houve essa receita em fevereiro, acontece esse retorno ao patamar anterior”, explica.
Os serviços de aluguel de máquinas e de locação de automóveis também contribuíram para a queda no grupo. Outra importante retração foi do setor de informação e comunicação (-1,5%), que perdeu parte do ganho de 3,6% dos últimos quatro meses.
"Nesse caso, as principais influências vieram de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, e de edição integrada à impressão de livros, que, com o fim da preparação para o início do ano letivo, mostrou um arrefecimento do mercado", justifica o pesquisador.
As demais atividades com recuo em fevereiro foram transportes (-0,9%) e outros serviços (-1,0%). Apenas as atividades de serviços prestados às famílias registraram variação positiva, de 0,4%, o que não recupera a queda de 2,9% em janeiro.
"Importante lembrar que este setor foi o último a se recuperar da pandemia, ultrapassando o patamar pré-pandemia apenas em dezembro de 2023. A queda em janeiro havia colocado o setor abaixo desse patamar. Com essa leve recuperação, ele volta a ficar acima, mas apenas 0,2%", diz Luiz Almeida.
No acumulado do primeiro bimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, o setor de serviços teve crescimento de 3,3%, com expansão em todas as cinco atividades e alta em 62,7% dos 166 tipos de serviços investigados na PMS.
Já no recorte regional, na passagem de janeiro para fevereiro, 14 das 27 Unidades da Federação (UF) acompanharam o índice nacional e apresentaram retração no volume de serviços.
O impacto negativo mais importante veio de São Paulo (-1,0%), seguido por Paraná (-2,5%), Rio de Janeiro (-0,7%), Mato Grosso (-2,7%), Ceará (-1,3%) e Espírito Santo (-1,4%).
Por outro lado, a Bahia (0,9%), seguida por Pará (1,7%) e Rio Grande do Norte (3,5%) tiveram as principais contribuições positivas do mês.
Quanto ao índice de atividades turísticas, este recuou 0,8% em fevereiro, na comparação com janeiro. Foi o segundo revés seguido, com perda acumulada de 1,8%. O segmento se encontra 2,2% acima do patamar pré-pandemia e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
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