Hapvida anuncia recompra de 200 milhões de ações em até 18 meses

Empresa abriu capital em 2018, mas viu valor dos papéis negociados na Bolsa de Valores cair 73% nos últimos dois anos

A Hapvida anunciou em fato relevante, que vai recomprar ações de emissão da companhia. A decisão foi aprovada, conforme comunicado da empresa, em reunião do conselho de administração.

O novo programa de recompra prevê a possibilidade de a Hapvida recomprar até 200 milhões de ações em um prazo de até 18 meses.

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“A administração da Companhia, por meio de sua diretoria estatutária, definirá o momento e a quantidade de Ações a serem adquiridas, as quais serão realizadas na B3 S.A, a preços de mercado, por intermédio de instituições financeiras intermediárias, como o Bank of America Merrill Lynch Banco Múltiplo S.A., BTG Pactual Corretora de Valores S.A., Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, Itaú Corretora de Valores S.A. e XP Investimentos Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A”, informou a Hapvida em fato relevante.

O conselheiro da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec Brasil), Ricardo Coimbra, lembra que o preço das ações do Hapvida caiu 73% nos últimos dois anos, estando atualmente cotado em torno de R$ 3,43. “É uma queda muito significativa. Quando você tem uma queda contínua e uma depreciação do valor da ação, em alguns momentos, a empresa pode achar mais interessante recomprar ações da companhia”, explica.

“Isso acontece para você também diminuir um pouco de liquidez, ou seja, fazer com que, de repente haja a possibilidade de aumentar o preço da ação no futuro e para mostrar ao mercado que a empresa vai buscar o mecanismo de reestruturação de novos investimentos, gerando uma perspectiva de fortalecimento e crescimento no longo prazo. Isso mostra também que a empresa tem caixa suficiente para fazer esse tipo de recompra”, detalha Coimbra.

“Isso mostra, ainda, um realinhamento da expectativa do mercado em relação à precificação ou ao preço da ação ao longo de um determinado período de tempo. Então, mesmo com esse processo de recompra, no caso do Hapvida, a companhia vai continuar com as ações negociadas na Bolsa”, ressalta o economista.

Coimbra conclui lembrando o caso da Arco, empresa cearense do setor educacional que abriu capital nos Estados Unidos, em 2018. “Eles estão fechando o capital. Por que? Porque houve um boom na expectativa de crescimento dos preços das ações, que depois caíram de forma significativa”, disse.

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