Grande Fortaleza tem 2ª maior alta do Brasil na prévia da inflação

Índice de janeiro ficou em 0,69%, atrás apenas de Belo Horizonte, com 0,88%. O crescimento foi pressionado pelo grupo de Alimentação e Bebidas

12:02 | Jan. 26, 2024

Por: Fabiana Melo
O crescimento foi pressionado pelo grupo de Alimentação e Bebidas (foto: FERNANDA BARROS)

A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou uma alta de 0,69% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação. Esta foi a segunda maior taxa do Brasil, atrás apenas de Belo Horizonte, com 0,88%.

Além disso, é maior do que a média observada nacionalmente (0,31%). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento foi pressionado por batata inglesa (21,58%), cenoura (20,2%), e manga (18,72%). Todas do grupo de alimentação e bebidas.

Já as maiores baixas foram registradas em passagem aérea (-17,15%), peixe-palombeta (-5,19%) e acém (-4,36%).

No acumulado do últimos 12 meses, a RMF também ficou em segundo lugar no País, com alta de 4,92%. O resultado se deu, especialmente, por conta do aumento no grupo de Educação (9,35%) e Transportes (9,07%).

Todos os grupos pesquisados tiveram alta em janeiro

Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram crescimento em janeiro de 2024. A maior variação (1,59%) veio da alimentação e bebidas, seguida por despesas pessoais (0,95%) e saúde e cuidados pessoais (0,64%). 

Confira os itens que ficaram mais caros em janeiro

  • Batata-inglesa: 21,58%
  • Cenoura: 20,2%
  • Manga: 18,72%
  • Cebola: 17,38%
  • Feijão-macáçar (fradinho): 16,41%

Confira os itens que ficaram mais baratos em janeiro

  • Passagem aérea: -17,15%
  • Peixe-palombeta: -5,19%
  • Acém: -4,36%
  • Peixe-tilápia: -4,33%
  • Pneu: -3,48%

Cenário nacional 

No Brasil, o IPCA-15 aumentou 0,31% em janeiro e ficou 0,09 ponto percentual (p.p.) menor que a de dezembro, quando variou 0,40%.

O resultado foi, em grande parte, puxado pela batata-inglesa, que subiu 25,95% e exerceu o maior impacto positivo individual no mês.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em janeiro. A maior variação (1,53%) e o maior impacto (0,32 p.p.) vieram de Alimentação e Bebidas. Por outro lado, o grupo Transportes registrou queda em janeiro, com variação de -1,13%.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,56%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%) e pelos itens de higiene pessoal (0,58%). Destacam-se as altas de desodorante (1,57%), do produto para pele (1,13%) e do perfume (0,65%).

No grupo Habitação (0,33%), o resultado da energia elétrica residencial (-0,14%) foi influenciado pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,56%), Fortaleza (-0,18%) e Salvador (-3,89%), a partir de 1º de janeiro

Quanto aos índices regionais, dez áreas tiveram alta em janeiro. As maiores variações foram registradas em Belo Horizonte (0,88%), por conta das altas em ônibus urbano (9,33%) e na batata-inglesa (34,30%).

Já o menor resultado ocorreu em Brasília (-0,41%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (-21,31%) e na gasolina (-3,72%).

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