Volume de vendas no comércio cearense cai 0,4% em novembro
De acordo com os números, mesmo com a queda mensal, a situação do setor, quando comparado a novembro de 2022, é positivaO volume de vendas no comércio varejista cearense desacelerou na passagem dos meses de outubro para novembro e teve variação negativa de 0,4%. O Brasil, por outro lado, avançou 0,1%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que trouxe os dados do varejo relacionados à novembro.
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De acordo com os números, mesmo com a queda mensal, a situação do setor, quando comparada a novembro de 2022, é positiva.
Isso porque o avanço foi de 8% e obteve o terceiro maior resultado do Brasil, atrás apenas de Espírito Santo (12,4%) e Maranhão (11,7%).
Além disso, o Ceará cresceu 8,6% no acumulado do ano e 8% nos últimos 12 meses anteriores. Outro ponto é que os indicadores de receita nominal apresentou uma queda de 0,2% ante outubro de 2023.
Considerando as oito atividades pesquisadas, em relação ao mesmo mês do ano anterior, três tiveram taxas negativas: livros, jornais, revistas e papelaria (-39%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-35,6%) e combustíveis e lubrificantes (-7,2%).
As outras cinco atividades apresentaram resultados positivos, com a maior contribuição vindo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios bebidas e fumo (14,9%).
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Comércio varejista ampliado segue movimento de queda
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas caiu 0,3% entre outubro e novembro de 2023, abaixo da média do País (1,3%).
Por outro lado, tem uma reação positiva quando comparado a novembro de 2022 (12,4%), no acumulado do ano (6,8%) e nos últimos 12 meses (5,8%). Além disso, os indicadores de receita nominal avançaram 0,2% em relação à outubro.
Já o setor que mais se destacou o de veículos, motocicletas, partes e peças (23,3%), seguido por Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (16,3%). A categoria de material de construção teve uma retração de 5,4%.
Entenda o cenário nacional do comércio
Entre outubro e novembro do ano passado, as vendas no comércio varejista no país variaram 0,1%. Pelo segundo mês consecutivo, este indicador mostrou estabilidade ante o mês anterior, pois em outubro a variação havia sido de -0,3%.
Com isso, o setor se encontra 1,9% abaixo do recorde da série, ocorrido em novembro de 2020, e está 4,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). O acumulado do ano chegou a 1,7% e o dos últimos 12 meses, a 1,5%.
“O comércio tem uma trajetória de crescimento em 2023, mas sem avanços significativos mês a mês. O setor apresentou uma volatilidade muito baixa com resultados muito próximos de zero. À exceção de janeiro, o restante do ano ou houve estabilidade ou taxas muito baixas”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Das oito atividades pesquisadas, seis tiveram resultados positivos em novembro. Os principais impactos sobre o índice geral vieram de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,6%), Móveis e eletrodomésticos (4,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (3,0%).
Para o gerente da pesquisa, um dos fatores que explicam o resultado é a Black Friday, que acontece no fim de novembro, e, em 2023, ajudou a garantir a estabilidade das vendas.
Ele explica que quatro atividades são influenciadas pela Black Friday: Tecidos, vestuário e Calçados; Móveis e Eletrodomésticos; Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; e Outros artigos de uso pessoal e domésticos.
“Além da Black Friday, o fator, que mais contribuiu para o desempenho de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, foi a depreciação do dólar, que recuou 2,5% em novembro, ajudando as vendas dos produtos de informática”, explica Santos.
As únicas atividades em queda foram Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,6%).
Além disso, 12 Unidades da Federação tiveram alta nas vendas, com destaque para Espírito Santo (13,3%).
Frente a novembro de 2022, as vendas do varejo cresceram 2,2%, sexto resultado positivo seguido desse indicador.
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