Ceará tem o pior resultado do Brasil no índice de turismo em novembro
Na comparação com novembro de 2022, o Estado apresentou uma retração de 18,7%, enquanto o Brasil avançou 2,8%O Ceará apresentou o pior resultado do Brasil no índice de atividades turísticas da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) em novembro, divulgada nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com novembro de 2022, o Estado teve uma retração de 18,7%, enquanto o Brasil avançou 2,8%. O percentual foi a maior queda do País, com uma diferença significativa para o segundo, o Rio Grande do Sul, com -6,2%.
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Além disso, levando em consideração o mês imediatamente anterior, outubro, o resultado também não foi dos melhores. Isso porque o Ceará caiu 9,4%, sendo o maior destaque negativo do Brasil.
Já no acumulado do ano, o Estado também não apresentou melhora no índice, visto que, com uma queda de 2,1%, foi o único do País a apresentar retração. Todos os outros avançaram.
No indicador de receita nominal de atividades turísticas, o mês de novembro não apresentou variação em relação à outubro. Em relação a novembro de 2022, a queda foi de 2,8%.
Contudo, no período de janeiro a novembro de 2023, houve um crescimento de 4,8%. O percentual ainda é abaixo do nacional, de 17,6%.
Setor de serviços caiu 1% em novembro de 2023
O volume de serviços no Ceará recuou 1% em novembro ante outubro de 2023. No entanto, quando comparado com novembro de 2022, o avanço foi de 0,5%.
No acumulado do ano, o resultado também é positivo, com alta de 4,2% nos 11 meses de 2023 perante igual período do ano passado.
Já os últimos 12 meses tiveram um crescimento de 4,4%. Além disso, o índice de receita nominal apresentou crescimento em relação ao mês anterior (0,1%).
Vale ressaltar também que, em novembro, apenas duas das cinco atividades pesquisadas tiveram expansão. São elas: Serviços de informação e comunicação (12,7%) e Outros serviços (7,4%).
O destaque negativo ficou com os Serviços prestados às famílias (-11,5%), Serviços profissionais, administrativos e complementares (-4,8%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%).
Cenário nacional
Na passagem de outubro para novembro, o volume de serviços prestados no país variou 0,4%, quebrando uma sequência de três meses no campo negativo, período em que o setor havia acumulado uma perda de 2,2%.
Três das cinco atividades investigadas pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) avançaram em novembro: outros serviços (3,6%), profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e serviços prestados às famílias (2,2%).
"As últimas três taxas negativas reduziram os ganhos, mas o resultado de novembro coloca o setor bem acima (10,8%) do patamar pré-pandemia", observa o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Além disso, o setor de serviços operava 2,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em dezembro de 2022.
O maior impacto sobre o resultado geral veio da atividade de outros serviços (3,6%), que cresceu pelo terceiro mês seguido, acumulando alta de 4,9% no período.
"Esse setor foi impulsionado pelos serviços financeiros auxiliares, especialmente pelo aumento da receita das empresas de uso do dinheiro digital, como as de máquinas eletrônicas de cartões de crédito e débito. Essa atividade não só impactou o resultado de outros serviços como também posicionou o setor de serviços como um todo no campo positivo", diz o pesquisador.
Por outro lado, as duas atividades de maior peso no setor de serviços ficaram no campo negativo. O volume dos transportes recuou 1,0%, quarta taxa negativa seguida do setor, que acumulou uma retração de 5,3% nesse período.
Em novembro, o transporte de passageiros recuou 2,9%, terceira taxa negativa seguida, enquanto o de cargas avançou 0,6%, após três meses seguidos de queda.
"Os transportes representaram o impacto negativo mais importante no total do setor de serviços. Esse resultado foi influenciado especialmente pelo transporte aéreo, que caiu 16,1% em novembro, a retração mais intensa desde maio de 2022 (-18,6%). Essa queda ocorreu em decorrência dos preços das passagens, que subiram 19,12% naquele mês", diz o gerente da pesquisa.
Apenas 12 unidades da Federação acompanharam o resultado positivo do volume de serviços em novembro.
Os maiores impactos vieram de São Paulo (1,1%), Paraná (2,4%), Mato Grosso (3,1%) e Mato Grosso do Sul (4,8%).
Do lado negativo, destacaram-se Rio Grande do Sul (-2,0%), Distrito Federal (-2,6%), Maranhão (-7,6%) e Amazonas (-4,8%).
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