Ceará tem potencial de mais de R$ 26 bi para saneamento até 2033, diz pesquisa
Atualmente, o Estado possui o índice mais alto da região Nordeste quando se fala sobre a coleta e o tratamento de esgoto, com 63%O Ceará tem o potencial de receber mais de R$ 26 bilhões em investimentos até 2033 para a área de saneamento. É o que aponta a pesquisa da IFAT Brasil, com base em dados de órgãos públicos e empresas privadas.
Isso ocorre, segundo a própria, devido ao Marco Legal do Saneamento, pois tem estimulado novos investimentos no País ao facilitar a criação de instrumentos financeiros, processos de concessões privadas regulamentados e de um novo modelo de negócios no setor.
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Entre as áreas do saneamento que devem receber mais recursos no Estado estão:
- Drenagem e infraestrutura de saneamento: R$ 11,2 bilhões
- Gestão de resíduos sólidos e soluções em recuperação energética: R$ 9,4 bilhões
- Gestão de esgoto: R$ 3,1 bilhões
- Gestão de água: R$ 2,3 bilhões
Atualmente, o Ceará possui o índice mais alto da região Nordeste quando se fala sobre a coleta e o tratamento de esgoto, com 63%. O segundo maior é na gestão de água, com quase 82%.
Já a área de gestão de resíduos sólidos fica em torno de 70%. Contudo, a questão da drenagem no Estado apresenta um índice baixo (apenas 3,7%), sendo o segundo menor percentual na Região Nordeste.
Cenário regional
Ao citar o Nordeste, o levantamento prevê que a região contará com investimentos da ordem de R$ 133 bilhões.
A área com maior déficit é a drenagem, uma vez que estima-se apenas 14,5% de áreas impermeáveis com drenagem. No caso da gestão de esgoto, é possível ampliar os índices de 33% para coleta e 25% para o tratamento.
Já a gestão de resíduos, apesar de o atendimento estar próximo a 68% e de se ter aterros sanitários (mais de 50%), o índice de tratamento de resíduos é ainda pouco expressivo, com a presença de lixões (mais de 45%). A gestão de água tem um índice próximo de 80%.
Cenário do País
Em relação ao Brasil, os investimentos externos na área de saneamento quase triplicaram entre 2020-2022, alcançando o montante de R$ 90 bilhões, em comparação ao período de 1992 a 2000, quando os aportes chegaram a quase R$ 35 bilhões.
Segundo o estudo da IFAT Brasil, o setor tem potencial de receber recursos da ordem R$ 580 bilhões até 2033.