Indústria do Ceará tem pior desempenho do Brasil, aponta IBGE

Estado registrou queda de 5,8% entre janeiro e novembro, e de 6% em 12 meses

A produção industrial no Ceará registrou uma queda de 5,8% de janeiro a novembro de 2023, sendo o estado com pior resultado do Brasil no acumulado do ano.

Segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o segundo índice negativo no acumulado do ano para o mês. Em novembro de 2022, a queda tinha sido de 4,6%.

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O resultado veio negativo mesmo com um avanço de 2% na passagem de outubro para novembro. No acumulado dos últimos 12 meses, a perda na produção industrial no Ceará foi de 6%.

Entre as atividades industriais que contribuíram para que o Ceará ficasse com o pior índice no Brasil, estão confecção de artigos de vestuário e acessórios (-21,8%), fabricação de produtos químicos (-29,6%), fabricação de produtos de metal (-28%), metalurgia (-10,5%), além de outros com impactos menores.

Entre os segmentos analisados pelo PIM, quatro cresceram no Estado: fabricação de produtos têxteis (25,8%), bebidas (7,3%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,3%) e produtos alimentícios (0,5%).

O economista Ricardo Coimbra destacou que o Ceará foi um estado que gerou um processo de retomada mais rápido de recuperação durante a pandemia de Covid-19, e agora passa por uma reacomodação do setor industrial.

Ele destacou ainda que o setor de confecção vem sofrendo impactos devido à participação muito significativa dos produtos comercializados no mercado asiático.

"A gente vê algumas empresas fechando as suas operações aqui no setor comercial, grandes marcas, isso em função dessa forte competitividade. E como consequência, aquelas que fabricam para essas empresas acabam tendo esse reflexo", disse.

Produção industrial sobe em 12 dos 18 locais pesquisados em novembro ante 2022

A produção industrial cresceu em 12 dos 18 locais pesquisados em novembro de 2023 ante novembro de 2022, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal.

Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve uma redução de 0,3%. As demais quedas ocorreram no Amazonas (-10,3%), Rio Grande do Sul (-4,4%), Rio Grande do Norte (-2,8%), Pernambuco (-1,8%) e Região Nordeste (-0,1%).

Na direção oposta, houve expansão no Paraná (21,2%), Espírito Santo (18,5%), Goiás (16,6%), Pará (12,8%), Rio de Janeiro (10,5%), Mato Grosso (10,0%), Bahia (8,4%), Maranhão (5,0%), Santa Catarina (2,2%), Mato Grosso do Sul (2,2%) e Minas Gerais (0,2%).

Na média global, a indústria nacional avançou 1,3% em novembro de 2023 ante novembro de 2022, segundo o IBGE.

Com Agência Brasil 

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