Transnordestina: Elmano diz que negocia recursos para concluir a obra

Com isso, o governador do Ceará espera que o número de movimentação de cargas seja dobrado no Porto do Pecém

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT) anunciou nesta quarta-feira, 10, durante seu bate-papo semanal, que esteve em uma reunião com o Governo Federal para viabilizar o financiamento e concluir as obras da Transnordestina.

O valor requerido por Elmano é para a construção da ferrovia que liga o município Eliseu Martins (PI) ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE).

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Assim, ele espera que o número de cargas movimentadas no Porto do Pécem seja dobrado. "O Porto está indo bem e vai ficar ainda melhor daqui alguns anos porque nós vamos ter todo o grão vindo de regiões que são grandes produtoras de grão."

Última parcela para retomar obras foi liberada em outubro

No fim de outubro, a Diretoria Colegiada da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), aprovou a parcela de R$ 811 milhões do financiamento da Transnordestina Logística (TLSA). 

Esta liberação era a última parcela referente ao aporte passado da construção. Mas, para finalizar de fato, mais recursos serão necessários, conforme afirmou a Sudene à época. 

Novos valores já estão sendo estruturados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Casa Civil e pela própria Superintendência. 

Por meio de nota, o órgão informou que já havia pago R$ 3 bilhões em valores não atualizados à empresa da Transnordestina, via Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).

Porém, o montante de participação da Sudene na ferrovia por meio do fundo chega a R$ 3,8 bilhões. 

O próximo passo, conforme a TLSA, é contratar as obras iniciais de estruturas de três novos lotes, ligando Acopiara a Quixadá, um trecho de 151 km de ferrovia.

Segundo a empresa, no Ceará, há 136 km totalmente executados e outros 100 km em obras de infraestrutura (lotes MVP02 e MVP03, entre Lavras da Mangabeira e Acopiara).

O que é a Transnordestina?

A CSN e o Governo Federal estão construindo a ferrovia Transnordestina, considerada a maior obra linear em execução no Brasil. 

São 1.209 km de extensão em linha principal, passando por 53 municípios, partindo de Eliseu Martins, no Piauí, em direção ao porto do Pecém, no Ceará, e passando por Salgueiro, em Pernambuco.

O projeto realiza o antigo sonho de integração nacional, além de trazer a expectativa de incentivar a produção local e promover novos negócios.

Esta é a principal obra estruturadora para o desenvolvimento do Nordeste e prioritária para o governo federal, incluída no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A obra é feita com recursos da CSN, Infra (anteriormente denominada Valec), Finor, BNDES, BNB e Sudene. A ferrovia transportará grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis, minério, entre outros.

Mas a ferrovia teve obras iniciadas em 2007 e sofreu com uma série de paralisações ao longo desse período.

O projeto também sofreu alterações. Inicialmente, estavam previstos dois ramais, um ligando o Piauí ao Porto do Pecém e outro ao porto de Suape, localizado nos limites dos municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife.

Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) optou-se pela construção apenas do ramal Pecém.

Contudo, o governo Lula acenou por mais de uma vez com a ideia de construir também o ramal Suape.

A TLSA, porém, afirmou ao O POVO que não mantém diálogo com órgãos governamentais e nem tem interesse em participar de eventuais obras para estender a ferrovia de Salgueiro à Região Metropolitana de Recife. 

(Com informações de Adriano Queiroz e Beatriz Cavalcante)

 

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