Elmano vai a Brasília tratar de plano contra a seca para o Ceará

A ideia é ter a parceria da União em projetos de convivência com a seca, como a ampliação do número de poços

Conforme O POVO havia adiantado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, foi a Brasília neste começo de janeiro para pedir ajuda ao Governo Federal para o enfrentamento à seca no Estado.

Nesta segunda-feira, 8, o gestor compartilhou que iniciou a agenda na capital federal, em reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

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A ideia é ter a parceria da União em projetos de convivência com a seca, como a ampliação do número de poços, para garantir a segurança hídrica estadual.

Além disso, o pleito do Governo do Ceará passa por apoio a projetos de energia solar.

A agenda de Elmano foi adiantada pelo O POVO no dia 26 de dezembro de 2023. 

O objetivo é antecipar o fornecimento em áreas e setores nos quais o acesso à água se mostre crítico.

A estratégia inclui mapear quais áreas (comunidades ou cidades) do Ceará já se encontram com pouca água hoje, antecipar a licitação de carros-pipa e acelerar a construção de adutoras e a perfuração de poços profundos.

“Nós vamos antecipar todo o cronograma de instalação de 3 mil poços no Estado do Ceará. Não vamos esperar chegar a falta d’água. Vamos acelerar o programa de perfuração de poços coordenando Sohidra, SDA, Dnocs… É o que eu quero com o ministro: fazer uma coisa minimamente planejada coletivamente”, ressaltou o governador.

Mais uma medida que ele deve tratar com o ministro é da liberação das águas do Rio São Francisco para assegurar abastecimento no Castanhão e, consequentemente, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

“Nós estamos fazendo o estudo técnico para saber qual é o melhor momento para que tenha menor perda na infiltração e na evaporação para que, neste período, nós tenhamos a transposição da água no Castanhão e no Orós. Estamos falando de, talvez, 300 milhões de metros cúbicos”, contou Elmano.

Com o estudo concluído, o governador quer estabelecer uma agenda de liberação das águas do Rio São Francisco para o Ceará anualmente, garantindo abastecimento mínimo para os reservatórios cearenses.

Elmano afirmou ainda que está “pensando, além do consumo humano, nos pequenos produtores rurais que têm rebanho”. Sem tirar a prioridade do fornecimento de água para as pessoas, ele afirmou que há planos para atender o setor produtivo.

“Nós queremos fazer um trabalho muito forte de colaboração com os municípios, identificar onde estão os imóveis e qual o tamanho dos rebanhos. Vamos fazer um projeto para cada imóvel para acelerarmos o trabalho de construção de uma rede de água”, adiantou.

Hoje, de acordo com o dito pelo secretário estadual Ramon Rodrigues (Recursos Hídricos) no fim de dezembro à rádio O POVO CBN, dos 157 açudes monitorados no Estado, 45 estão com volume abaixo de 30%.

Mas as reservas atuais garantem o abastecimento por dois anos sem problemas para a RMF. Esses municípios consomem água dos açudes Pacoti, Riachão, Gavião e Pacajus reforçados pelas barragens de Sítios Novos e Aracoiaba.

Mas, a partir do alerta feito pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) sobre os efeitos do El Niño provocarem um período longo de estiagem no Ceará, Rodrigues afirmou que o Sertão Central, o Sertão dos Inhamuns e a área de Canindé despertam atenção. (Com Armando de Oliveira Lima)

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