Com diesel renovável de hidrogênio, veja os planos da Petrobras no CE

Além do projeto para tornar a Lubnor a primeira refinaria carbono neutro do País, Petrobras tem mais planos para o Ceará

A visita do presidente da Petrobras ao Ceará nessa quarta-feira, 27, promete transformar a atuação da empresa no Estado nos próximos anos. Detalhes sobre o plano foram anunciados.

Além do plano de tornar a Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) na primeira refinaria carbono neutro do País, o que permitirá a produção de derivados com baixa emissão de carbono, há a perspectiva de produção de diesel renovável de hidrogênio.

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As iniciativas em estudo incluem o aumento da produção de Lubrificantes Naftênicos, a produção e venda de Asfaltos de Baixo Carbono (CAP Pro), produção de biobunker (combustível renovável para navios) e a adequação para produção de Diesel com conteúdo renovável (Diesel R5), visando atendimento à Região Metropolitana da Grande Fortaleza para redução das emissões veiculares.

Durante visita técnica a Lubnor, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deu a confirmação do equipamento no parque de refino da empresa após a rescisão do contrato de venda que permite dar seguimento aos planos de investimentos.

"Agora, vamos iniciar imediatamente as análises de investimentos", afirma.

E continua: "Vamos investir para tornar a Lubnor uma refinaria de baixo carbono. Os estudos têm duas grandes vertentes: ajustar o esquema de refino da unidade e integrá-la às iniciativas de descarbonização conduzidas em todo o parque de refino da Petrobras".

O movimento ocorre menos de dois anos após um acordo de venda da Lubnor ter sido fechado pelo governo Bolsonaro para a Grepar Participações.

O negócio, no entanto, não foi fechado e o contrato rescindido pela atual gestão, em novembro passado.

Atualmente, a Lubnor possui capacidade de produção de 8,2 mil barris por dia, sendo a líder na produção de asfalto no Norte e Nordeste e única produtora de lubrificantes naftênicos do País.

O presidente da Petrobras ainda destaca que a ampliação da operação observa o atendimento à demanda da Região Metropolitana de Fortaleza e inclui também a utilização de biometano da rede de distribuição da Cegás e demanda de energia elétrica renovável certificada na operação da refinaria.

A trabalhadores, Prates detalha como ficarão outras operações da Petrobras no Ceará

Outra agenda de Prates no Ceará foi uma visita ao Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro CE/PI). Além do presidente, participaram do momento alguns diretores da estatal.

Conforme nota do Sindipetro, foram quase duas horas de conversa em que a empresa falou mais sobre os planos para o Ceará, além da Lubnor.

Sobre o fornecimento de diesel para a termelétrica TermoCeará, a empresa confirmou que segue negociando com as autoridades responsáveis pelo Porto do Pecém a possibilidade de efetuar operações ship to ship com a Transpetro.

Também foi informado que a operação no Terminal de Regaseificação do Pecém deve ser transformada para atender os projetos de amônia e hidrogênio verde, conforme já divulgado pelo Complexo do Pecém, e que não há pedido do Ceará para restabelecer o fornecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GNL).

Os petroleiros questionaram a possibilidade de reabertura da Usina de Biodiesel de Quixadá. A resposta da cúpula da estatal é de que a Petrobras "segue estudando cenários para uma possível reabertura, além de tratativas para reter conhecimento e tornar a Petrobras Biocombustível rentável".

Ainda na reunião na sede do Sindipetro, a Petrobras destacou que continua desenvolvendo estudos sobre eólicas offshore no Ceará e aberta para, seguindo as regras do mercado, adquirir negócios que tragam sinergia ao novo plano de negócios aprovado.

"Isso inclui até ativos desinvestidos nos quais as compradoras não seguiram demonstrando interesse ou mesmo capacidade de continuar. Tudo oportunamente será estudado, caso a caso", diz o Sindipetro em nota.

Margem Equatorial: Sindipetro espera expansão da operação para o Ceará

Ainda na visita do presidente da Petrobras e membros da diretoria do Sindipetro CE/PI outro ponto importante foi enfatizado: as operações na Margem Equatorial.

Atualmente, os trabalhadores da Petrobras no Ceará oferecem apoio logístico e infraestrutura para o poço pioneiro de Pitu Oeste, local onde foi iniciada a exploração de petróleo na Margem Equatorial, na divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte.

Essa operação tem assegurado a geração de empregos pela estatal no Estado. E, a partir da conversa com Jean Paul Prates, os petroleiros esperam que a operação evolua.

"Resta agora, aguardar que a acumulação seja promissora estendendo seus domínios para a Bacia do Ceará, trazendo mais riqueza para a população cearense e restabelecendo a participação do nosso estado entre os grandes produtores nacionais", diz o Sindipetro.

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