Elmano confirma retomada das obras da Linha Leste do Metrofor

Governador contou que renovação do contrato se deu após acerto de prazos rígidos e multas altas

O governador Elmano de Freitas (PT) confirmou a retomada das obras da Linha Leste do Metrofor e disse que as tuneladoras devem entrar em atividade “nos próximos dias”. O canteiro estava sem atividade desde o ano passado.

As duas máquinas, conhecidas também como tatuzões, estão 30 metros abaixo da Catedral Metropolitana de Fortaleza e do Buraco da Gia, no Centro da Capital. Pelo novo contrato, o tempo para conclusão da obra será de três anos.

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No total, o Estado deve aplicar R$ 1,4 bilhão para a conclusão dos 7,4 quilômetros de metrô da Linha Leste, segundo informou a Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra-CE), que é responsável pela obra.

Retomada com mais rigor

Elmano assumiu o governo com a recomendação de rescisão do contrato com o Consórcio FTS, que ganhou a licitação da Linha Leste, mas optou por manter a empresa após negociação.

“A empresa demonstrou que tinha interesse em continuar. Eles apresentaram uma proposição de cronograma, no detalhe, do que iriam realizar com prazos e nós fizemos uma contraproposta: em virtude do processo anterior, nós só topamos com multas elevadas”, afirmou em visita ao O POVO nesta quarta-feira, 20.

Sem mencionar o valor da multa, o governador enfatizou que, caso a empresa descumpra o acordo, “será multa e rescisão”, sem nenhuma nova negociação.

Linha Leste será concluída em três anos; saiba mais

As obras para a construção da Linha Leste do Metrô de Fortaleza foram anunciadas em 31 de outubro, com promessa de serem retomadas em até 10 dias, segundo afirmou o secretário da Infraestrutura do Ceará, Antônio Nei, após a Pasta ter fechado acordo ontem com o Consórcio FTS, atual responsável pelo empreendimento.

Com obras iniciadas oficialmente há cerca de dez anos, a Linha Leste já sofreu uma série de alterações em seu planejamento, incluindo a mudança de executores do projeto em 2016.

Na gestão passada, o então titular da Seinfra, Lúcio Gomes, chegou a recomendar que também houvesse quebra de contrato e nova licitação por parte do Estado, mas a atual gestão decidiu negociar com o Consórcio FTS para retornar a construção com novas garantias e cronograma.

No texto, assinado junto à Procuradoria-Geral do Estado do Ceará (PGE) e à Casa Civil, estão previstos, além do reinício dos trabalhos e dos sistemas de alimentação de energia elétrica, telecomunicações, sinalização e controle, bilhetagem, ventilação e equipamentos de oficina. “Este acordo atende a uma demanda por menor prazo para retomada e conclusão, com menor custo e menos riscos judiciais e técnicos ao projeto”, destacou o secretário.

“Fizemos um acordo com a chancela tanto pelo jurídico da secretaria como pela PGE, favorecendo o reinício das obras em 10 dias. A previsão é a de que a obra seja concluída em aproximadamente três anos e até 30 de novembro, nós devemos entregar (liberar o tráfego) a (Rua) Tibúrcio Cavalcante”, acrescentou Antônio Nei. Atualmente, a obra conta com três frentes de serviços em andamento, nos canteiros das estações Chico da Silva Leste; Colégio Militar; e Nunes Valente.

“Em paralelo, estamos fazendo a manutenção das tuneladoras que se encontram, hoje, próximas ao Paço Municipal e à Catedral, no subsolo, há pouco mais de 30 metros. Com relação a essa manutenção, mais ou menos no fim de fevereiro ou início de março, a expectativa é a de que essa etapa esteja pronta, para que as tuneladoras possam partir perfurando até o Colégio Militar”, detalhou o titular da Seinfra.

“Nós temos em torno de R$ 1,4 bilhão para executar tanto a nível do (Orçamento Geral da União) OGU, da Caixa Econômica, do BNDES, com uma contrapartida do Estado de 12,5%”, calculou Antônio Nei, quando questionado sobre o volume de recursos necessários para a conclusão da Linha Leste, tal como concebida atualmente, que tem extensão de 7,3 quilômetros.

Uma vez finalizado o atual projeto serão cinco novas estações, sendo uma de superfície (Tirol/Moura Brasil) e quatro subterrâneas (Chico da Silva Leste, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu). Quando da concepção da ideia, a previsão era a de que a Linha Leste chegasse até a Messejana, sendo posteriormente o projeto enxuto para chegar até o bairro Edson Queiroz.

O esforço para fechar o acordo leva em consideração, conforme a Seinfra, o caráter indispensável da Linha Leste ao sistema metroviário de Fortaleza. Ainda segundo a Pasta, o empreendimento vai garantir aos usuários mais opções de deslocamento, fazendo conexão com as linhas Sul e Oeste, além do VLT Parangaba-Mucuripe e o terminal de ônibus do Papicu. (Colaborou Paloma Vargas)

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