Com novo corte do Copom, taxa básica de juros cai para 11,75% ao ano

Esta é a quarta redução consecutiva da Taxa Selic, que serve de referência às taxas de juros cobradas no País

18:51 | Dez. 13, 2023

Por: Irna Cavalcante
Reunião do Copom termina nesta quarta-feira, 20 (foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, dia 13, reduzir a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 0,5 ponto percentual. Com isso, a taxa que estava em 12,25% ao ano cai para 11,75% ao ano. 

Esta é a quarta redução consecutiva e o menor patamar da Selic desde março de 2022, quando estava em 10,75% ao ano. Com a redução da Selic, a expectativa é de que haja também uma redução das taxas de juros bancária. 

Entenda o que levou o Banco Central a essa decisão

No comunicado, o Banco Central informou que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025.

"Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego."

De acordo com o mais recente Boletim Focus, do Banco Central, as expectativas de inflação para 2023, 2024 e 2025 encontram-se em torno de 4,5%, 3,9% e 3,5%, respectivamente.

As projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência situam-se em 4,6% em 2023, 3,5% em 2024 e 3,2% em 2025. Já as projeções para a inflação de preços administrados são de 9,1% em 2023, 4,5% em 2024 e 3,6% em 2025.

A autoridade monetária também avalia que a "conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, expectativas de inflação com reancoragem apenas parcial e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária".

"O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas."

Próxima redução também deve ser de 0,5 ponto percentual

Na votação, os membros do Comitê, unanimemente, também projetaram uma redução de mesma magnitude nas próximas reuniões.

"O Comitê enfatiza que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", informou o comunicado

Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Gabriel Muricca Galípolo, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes. 

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