Semace assina licença prévia da primeira planta de dessalinização do Ceará

A construção da planta de dessalinização tem como objetivo garantir o fornecimento de água potável na região de Fortaleza

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) assinou a licença ambiental prévia da primeira planta de dessalinização do Ceará, a Dessal.

A assinatura contou com a presença do superintendente da autarquia, Carlos Alberto Mendes, da diretora de Licenciamento, Lívia Mendes, e do diretor de Engenharia da Cagece, José Carlos Asfor.

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Assim, atesta a viabilidade ambiental do empreendimento na Praia do Futuro, em Fortaleza, com base nos critérios estabelecidos e apresentados no estudo ambiental.

A construção da planta de dessalinização tem como objetivo garantir o fornecimento de água potável na região de Fortaleza.

Isso porque, quando estiver em funcionamento, a planta será capaz de transformar água do mar em água potável, o que é particularmente importante em um estado como o Ceará, que sofre com a escassez de chuvas e enfrenta desafios na gestão de recursos hídricos.

Além disso, a planta também ajudará a reduzir a dependência de fontes de água superficiais, como rios e açudes, que podem ser afetados pela seca.

Entenda a discussão sobre a usina de dessalinização

A Dessal do Ceará é um projeto de diversificação hídrica que visa ampliar a matriz de abastecimento da população, reduzindo a dependência exclusiva das chuvas.

O projeto é uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e o Consórcio Águas de Fortaleza.

Serão R$ 500 milhões de investimentos por meio da Águas de Fortaleza, e ainda há R$ 3 bilhões em contraprestações, com vigência de 30 anos, pagas a partir de quando a planta entrar em operação.

A planta terá capacidade para produzir mil litros de água dessalinizada por segundo, atendendo diretamente cerca de 720 mil pessoas em Fortaleza. Além disso, o projeto ajudará a minimizar a utilização de água dos mananciais do interior na capital.

O imbróglio entre empresas de telecom e o consórcio responsável pelo projeto de dessalinização de água do mar se arrasta, pelo menos, desde o ano passado.

Isso porque a Praia do Futuro é ponto de chegada de 17 desses cabos submarinos, fazendo da capital cearense o principal hub de conexão digital do Brasil e um dos três maiores do mundo.

Na primeira versão do projeto, foi constatada, após análise da carta náutica da região, uma sobreposição de cabos com pontos de captação e dispersão de água marítima. A segunda deslocou esses dois pontos em cerca de 40 metros, mas foi contestada pela Anatel.

A versão atual do projeto prevê um afastamento maior, de 500 metros, já no limite entre a Praia do Futuro e o bairro Vicente Pinzon.

Contudo, nas três plantas foi mantida a posição da usina propriamente dita, o que está sendo contestado agora pelas empresas do setor de telecomunicações. Desta vez, a Semace assinou a licença prévia da planta.

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