Ceará é líder em ranking de inovação no Nordeste, diz pesquisa

Na análise mais detalhada, na dimensão Capacidades, o Ceará caiu uma posição e ficou na 10ª. Em contrapartida, na de Resultados figurou em 7º lugar do País, subindo cinco posições

12:06 | Nov. 30, 2023

Por: Fabiana Melo
Foram incorporados neste ano os indicadores: Logística, Intensidade Criativa e Sustentabilidade Ambiental (foto: Laura Guerreiro/Divulgação/Fiec)

O Ceará é o líder do Nordeste no ranking do Índice de Inovação da Federação das Indústrias do Estado (Fiec) 2023. Em relação ao nacional, ele se encontra na oitava posição.

Com o resultado, o Estado cresceu uma posição no ranking nacional e regional quando comparado ao do ano passado. 

Na análise mais detalhada, na dimensão Capacidades, o Ceará caiu uma posição e ficou na 10ª. Em contrapartida, na de Resultados figurou em 7º lugar do País, subindo cinco posições.

Pelo índice, as melhores posições do Estado ficaram nos indicadores Intensidade Tecnológica e Criativa (4º), Investimento e Financiamento Público em C&T (8º), Sustentabilidade Ambiental (9º), Capital Humano - Pós-Graduação (9º).

Além disso, houve um salto de 12 posições (23º para 11º) no quesito Competitividade global. 

Já de resultado negativo, o pior foi na classificação de Empreendedorismo (17º), com queda de três colocações ante 2021. Houve recuo de colocação também em Capital Humano - Graduação (10º para 13º).

Veja o índice detalhado do Ceará

Índice de Capacidades (10º)

  • Investimento e Financiamento Público em C&T (8º)
  • Capital Humano – Graduação (13º)
  • Capital Humano – Pós-Graduação (9º)
  • Inserção de Mestres e Doutores (10º)
  • Instituições (11º)
  • Infraestrutura (16º)

Índice de Resultados (7º)

  • Competitividade Global (11º)
  • Intensidade Tecnológica e Criativa (4º)
  • Propriedade Intelectual (14º)
  • Produção Científica (13º)
  • Sustentabilidade Ambiental (9º)
  • Empreendedorismo (17º)

São Paulo continua como o estado mais inovador do Brasil

São Paulo foi avaliado como o estado mais inovador do Brasil (1º), seguido pelo Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que aparecem na 2ª e na 3ª colocação, respectivamente.

Os três estados ocuparam de forma estável essas posições nos últimos cinco anos. Já o Espírito Santo se destaca como o estado que mais avançou no período, saindo da 13ª (2019) para a 9ª posição (2023).

Em termos regionais, nos últimos anos, as regiões que lideraram o ranking foram Sudeste (1º) e Sul (2º), mostrando que há uma concentração da inovação no eixo Sul-Sudeste.

O Nordeste saltou uma posição e se configura como a 3ª região mais inovadora do país. Entre os estados desta região, além do Ceará, há também o Rio Grande do Norte (11º) e Pernambuco (12º).

No Centro-Oeste, que caiu para a 4ª colocação regional, os melhores colocados foram Distrito Federal (7º) e Goiás (10º). No 5º lugar, a região Norte tem como referência inovadora local os estados do Pará (16º) e Amazonas (17º).

Entenda o Índice Fiec de Inovação dos Estados

A análise objetiva identificar os principais pontos relacionados à inovação, e mensura o patamar em que os estados brasileiros se encontram. 

São analisados aspectos variados do processo de inovação das 27 unidades federativas e 5 regiões do país em periodicidade anual.

Nesta edição de 2023, a publicação adota uma nova metodologia, com a inclusão dos indicadores Logística, Intensidade Criativa e Sustentabilidade Ambiental. 

"O Índice funciona como uma bússola e tem enorme potencial para nortear os estados a traçar ações ainda mais estratégicas para fomentar o desenvolvimento. Por meio dele, é possível identificar atividades inovadoras que se desenvolvem com fluidez, além de pontos de melhoria a serem trabalhados", reforça Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria.

Dessa forma, o cálculo leva em conta dois índices – Capacidades e Resultados – que avaliam o ambiente inovador (Capacidades) e medições da inovação em si (Resultados).

O Índice de Capacidades captura os seguintes elementos: Investimento Público em Ciência e Tecnologia, Capital Humano (Graduação e Pós-Graduação), Inserção de Mestres e Doutores, Instituições, Infraestrutura e Cooperação.

Já o Índice de Resultados avalia outros aspectos: Competitividade Global, Intensidade Tecnológica, Propriedade Intelectual, Produção Científica e Empreendedorismo Inovador.

Como os dados são desagregados em doze indicadores e duas dimensões, a solução dos entraves fica mais direcionada.

Saiba as previsões absurdas de 2022 que não vingaram em 2023

Mais notícias de Economia