Ceará teve o 4º menor PIB per capita do Brasil em 2021, diz IBGE

Porém, levando em consideração apenas o Produto Interno Bruto (PIB), o Estado atingiu R$ 194,9 bilhões, avançando 4,8% em volume

O Ceará tinha, em 2021, o quarto menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita do País (R$ 21.090,10). Quando comparado ao nacional, o valor correspondia a metade do total de R$ 42.247,52.

Porém, levando em consideração apenas o PIB, o Estado atingiu R$ 194,9 bilhões, avançando 4,8% em volume.

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Essas são informações das Contas Regionais 2021, elaboradas pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), e divulgadas nesta sexta-feira, 17 de novembro.

O Estado acompanhou o País ao apontar variação percentual de mesma magnitude em volume do PIB. Além disso, representou, em parte, a recuperação da economia local após a queda (-5,7%) observada em 2020 motivada sobretudo pelos efeitos da pandemia de Covid-19.

Em relação aos componentes do PIB pela ótica da produção, o valor adicionado bruto apresentou variação de 4,6% e os segmentos administração pública e eletricidade e gás foram as duas atividades de maior contribuição para o resultado do PIB 2021 no Estado.

À época, o estado do Ceará manteve-se na 13ª posição no ranking do PIB entre as unidades federativas (UFs). Sua participação percentual (2,2%) no PIB do Brasil é a mesma desde 2018.

Já a distribuição dos componentes do PIB pela ótica da renda no Ceará apresentou-se com a seguinte participação:

  • Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto (40,2%)
  • Impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação (15,2%)
  • Remuneração dos empregados (44.6%)

Cenário nacional

Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil atingiu R$ 9 trilhões, com aumento de 4,8% em volume, após a queda observada em 2020, motivada sobretudo pelos efeitos da pandemia de Covid-19.

Entre os três grupos de atividades, a agropecuária ficou estável em volume (4,2% em 2020), enquanto a indústria cresceu 5% (-3% em 2020) e os serviços 4,8% (-3,7% em 2020).

Todas as 27 UFs apresentaram crescimento em volume do PIB: o Rio Grande do Sul registrou a maior variação, 9,3%, seguido por Tocantins, 9,2%, e Roraima, 8,4%. 

“Entre os cinco primeiros colocados, temos dois estados da Região Sul e três da Região Norte. Já os três estados com menor crescimento são do Centro-Oeste”, destaca Alessandra Poça, gerente de Contas Regionais do IBGE.

Em 14 unidades, os resultados foram acima da média nacional (4,8%). "Essas 14 UFs representam 30% do PIB e cresceram, em média, 6,8%", analisa a gerente.

Os maiores aumentos em volume ocorreram no Rio Grande do Sul (9,3%), Tocantins (9,2%), Roraima (8,4%), Santa Catarina (6,8%) e Acre (6,7%).

A agropecuária, principalmente o cultivo de soja, contribuiu para o resultado de 2021 nestes estados, exceto em Santa Catarina, onde esta atividade variou 0,5%.

Além da Agropecuária, no Rio Grande do Sul, o resultado das Indústrias de transformação influenciou o desempenho, sobretudo fabricação de máquinas e equipamentos. No Tocantins, a Construção também contribuiu com crescimento de 22,6%.

Já em Roraima e Acre ainda contribuíram as atividades de Construção, Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social para o resultado de 2021.

Em Santa Catarina, a quarta maior variação em volume do PIB, o resultado deveu-se ao desempenho de Indústrias de transformação, principalmente confecção de artigos do vestuário e acessórios, fabricação de máquinas e equipamentos e fabricação de peças e acessórios para veículos automotores.

As outras 13 Unidades Federativas cresceram abaixo ou igual a média, foram elas:

  • Ceará
  • Rondônia
  • São Paulo
  • Rio de Janeiro
  • Sergipe
  • Pará
  • Paraná
  • Bahia
  • Distrito Federal
  • Pernambuco
  • Goiás
  • Mato Grosso do Sul
  • Mato Grosso

Participação da remuneração dos empregados recua em todas as regiões

Em 2010, o Sistema de Contas Regionais passou a incorporar a estimativa do PIB pela ótica da renda. Isso tornou possível a análise da distribuição dos rendimentos gerados no processo produtivo em cada uma das Unidades da Federação.

Em 2021, quinto ano seguido de queda de participação, a remuneração dos empregados foi equivalente a 39,2% do PIB do país. Foi a primeira vez desde o início da série histórica do indicador, em 2010, que esse rendimento atingiu um nível inferior a 40% do PIB do país.

Desde 2020, o excedente operacional bruto e o rendimento misto bruto, somados, são o principal componente do PIB pela ótica da renda, ultrapassando a remuneração dos empregados em proporção.

Esse excedente é a remuneração do capital das empresas, enquanto o rendimento misto tem misturado o rendimento do trabalho e do capital dos autônomos. Em 2021, essa soma representou 45,3% do PIB pela ótica da renda, um aumento de 1,7 p.p. frente ao ano anterior.

Já os impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e importação, que também compõem o PIB sob essa ótica, avançaram 1,0 p.p. em participação na mesma comparação, atingindo 15,5%.

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