Micro, pequenas e médias empresas terão R$ 2 bi para tecnologia; entenda

Esta é a nova fase do programa Brasil Mais Produtivo do Governo Federal, que iniciou em 2016, e que pretende atingir 200 mil indústrias

As micro, pequenas e médias empresas terão R$ 2,037 bilhões para desenvolvimento tecnológico por meio de nova fase do programa Brasil Mais Produtivo do Governo Federal, que iniciou em 2016.

A expectativa para o Ceará é que as áreas de abrangência nesta etapa e o número de 121 empresas e R$ 2 milhões alcançados no Estado entre 2016 e 2017 sejam "muito superiores", segundo avalia Carlos Egberto Mesquita, gerente do Instituto Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Tecnologia e do Centro de Inovação do Serviço Social da Indústria (Sesi) Ceará.

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O impacto real nas empresas cearenses ainda não está definido, pois Carlos frisa que ainda não se sabe o quanto será executado dos R$ 2,037 bilhões por estado.

"Mas é uma parceria muito boa entre o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às micro e pequenas Empresas), em que eles vão estar com os agentes Ali (Local de Inovação), e o Senai vai ser o grande executor dessas consultorias, da parte de transformação digital, na parte de indústria 4.0, e a parte de lean manufacturing (manufatura enxuta) e eficiência energética dessas indústias", detalha.

O lançamento nacional foi realizado nesta quinta-feira, 16, pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília (DF).

O potencial, segundo o governo, é atingir 200 mil indústrias, com atendimento direto a 93,1 mil empresas nos próximos três anos.

Para executar a meta, o Mdic trouxe para o programa as instituições financiadoras Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Embrapii. Os financiamentos serão pela Taxa Referencial (TR), com juros de menos de 4% ao ano.

Estas se somam às parcerias já firmadas com Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Sebrae e Senai. Estes dois últimos são executores e com aporte de recursos próprios.

Diante do novo desenho, Carlos acrescenta que, diferentemente do que aconteceu na primeira fase do programa, em que as empresas eram de áreas distintas e bem específicas, esta etapa amplia o escopo de atendimento das entidades.

"Na vez passada eram somente micro e pequenas empresas, agora estão pegando pequenas empresas também, e todos os setores. Da vez passada eram mais do segmento metalmecânico e de alimentos. Então a perspectiva é que a gente tenha uma grande quantidade e que a gente faça um impacto na economia do nosso Estado, porque a gente vai alavancar as indústrias com aumento de produtividade na veia", complementa.

O POVO ainda procurou o Sebrae e assim que tiver retorno acrescenta à matéria.

Como vai funcionar a segunda fase do Brasil Mais Produtivo?

A nova fase do Brasil Mais Produtivo terá quatro modalidades de atendimento até 2027 com as frentes de produtividade, melhoria de gestão, otimização de processos e transformação digital. Veja:

  • Plataforma de produtividade

- Até 200 mil micro, pequenas e médias empresas terão acesso a cursos, materiais e ferramentas sobre produtividade e transformação digital.

  • Diagnóstico e melhoria de gestão

- Até 50 mil micro e pequenas empresas receberão orientação e acompanhamento contínuo de Agentes Locais de Inovação e outros instrumentos do Sebrae para aumento da produtividade, além de projetos setoriais do Sebrae que também serão oferecidos.

  • Otimização de processos industriais – consultoria mais educação profissional

- Até 30 mil micro e pequenas empresas serão atendidas por consultoria em Lean Manufacturing ou Eficiência Energética e aperfeiçoamento profissional do SENAI.

- Até 3 mil médias indústrias serão atendidas por consultoria em Lean Manufacturing ou Eficiência Energética e aperfeiçoamento profissional do SENAI.

  • Transformação Digital

- 360 empresas apoiadas com desenvolvimento de tecnologias 4.0.

- 8,4 mil MPMEs serão beneficiadas com soluções desenvolvidas por empresas provedoras de tecnologias 4.0, via chamadas Smart Factory, além da possibilidade de contratação de pós-graduação em Smart Factory do SENAI com desconto.

- Até 1,2 mil médias empresas serão contempladas com um plano completo de transformação digital, da elaboração do projeto de investimento ao acompanhamento.

Impactos do Brasil Mais Produtivo

As empresas atendidas vão passar por etapas que impactarão o aperfeiçoamento da força de trabalho, requalificação, melhores práticas de gestão, digitalização, otimização de processos produtivos e aumento de eficiência energética, culminando com crédito a juros baixos ou recursos não-reembolsáveis para adoção de tecnologias ligadas à indústria 4.0 e às “smart factories”, ou fábricas inteligentes.

Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, o programa é um passo importante para posicionar o que se quer para a indústria brasileira, já que há "graves" problemas de produtividade. 

Já a gerente de Transformação Digital da ABDI, Adryelle Pedrosa, destaca que os empresários entendem a importância da inovação, sabem que precisam agir e estão abertos a transformar seus negócios.

“Isso foi demonstrado no Mapa da Digitalização das MPEs brasileiras, realizado pela Agência em parceria com a FGV”, lembrou Adryelle. “O levantamento apontou que 68% deles estão abertos para participar de um programa de aceleração de sua maturidade digital. E o Brasil Mais Produtivo atua justamente nessa direção”, afirmou.

Estima-se que, de todas as empresas atendidas nesta nova fase do Brasil Mais Produtivo, ao menos 8,2 mil alcancem a chamada “fronteira tecnológica” ao final do processo – com instalação de sensores digitais na linha de produção, interligação de sistemas por computação em nuvens, utilização de Big Datas, IoT (internet das coisas), impressão 3D e inteligência artificial.

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