Ceará terá o 2º maior número de vagas temporárias para o Natal no NE, aponta CNC

Ao todo estão previstas a geração de 2.691 empregos do tipo durante o período, colocando o Estado como o 10º do País, que deve ter melhor resultado desde 2013

16:37 | Nov. 13, 2023

Por: Adriano Queiroz
 Contratos temporários devem ter maior patamar no Brasil desde 2013 (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ceará terá o segundo maior número de vagas temporárias para o Natal no Nordeste (e o décimo no Brasil), totalizando 2.691 empregos gerados no período, conforme estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na região, o Estado é superado pela Bahia, com 3.723, e fica pouco à frente de Pernambuco, com 2.602. São Paulo (28,41 mil), Minas Gerais (12,13 mil), Paraná (9,14 mil) e Rio de Janeiro (7,96 mil) devem concentrar mais da metade (54%) da oferta de vagas temporárias no País.

Em outra pesquisa, que pega um recorte mais amplo de setembro a dezembro e divulgada há pouco mais de dois meses, a geração de empregos temporários para a reta final do ano seria de 3.400, segundo o Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT).

A pesquisa leva em conta dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Números nacionais

No Brasil, a previsão total é a de que 108,4 mil empregos temporários sejam gerados, sendo o melhor resultado desde o ano de 2013, quando foram criadas 115,5 mil vagas do tipo. O número também representa um crescimento de 5,6% em relação ao ano passado, quando foram 97,9 mil contratações.

O segmento de hiper e supermercados é o que mais deve contratar temporários, abrindo 45,47 mil vagas, seguido por vestuário e calçado, com 25,17 mil; utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com 15,98 mil; livrarias e papelarias, com 9,31 mil; e móveis e eletrodomésticos, com 5,7 mil vagas.

Apesar de hiper e supermercados concentrarem a maior parte das vagas, é o segmento de vestuário que mais é beneficiado proporcionalmente pelo Natal. Enquanto o faturamento nos mercados cresce 34% entre novembro e dezembro, nas lojas de vestuário o salto é de 90%.

De acordo com a CNC, “a desaceleração da inflação, em meio ao processo ainda inicial de flexibilização da política monetária [queda de juros], deverá impactar favoravelmente as vendas em segmentos menos dependentes da tomada de recursos por meio de empréstimos e financiamentos”.

Salário

O salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1.605. Sem contar a inflação acumulada, esse valor fica 1% acima na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a remuneração média ficou em R$ 1.596.

Lideram o ranking de contratações as ocupações de vendedor (42.102), caixa (9.429) e almoxarife e armazenista (9.278).

Efetivação

A expectativa da CNC é que a taxa de efetivação seja de 14,2%, acima de 2022, quando ficou em 12,3%, mas inferior a 2021 (14,9%), “quando o comércio ainda estava repondo as vagas que haviam sido fechadas nas duas primeiras ondas da pandemia”.

Direitos trabalhistas

Forma de contratação comum no comércio em datas comemorativas, o emprego temporário é regulamento por lei federal que garante aos empregados uma série de direitos semelhantes aos dos já efetivados, como descanso semanal remunerado, 13º salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Previdência Social.

Mas há exceções, como não ter direito à indenização de 40% sobre o FGTS, aviso prévio e seguro-desemprego. (Com Agência Brasil)

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