Preço da cesta básica em Fortaleza foi o que mais subiu no País

Em outubro, a alta foi de 1,32%. O custo dos doze itens da alimentação básica foi estimado pelo Dieese em R$ 648,93

O conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica de Fortaleza foi estimado em R$ 648,93 em outubro. A alta de 1,32% em relação ao mês imediatamente anterior foi a maior dentre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese).

De acordo com o estudo, o trabalhador fortalezense que ganha um salário mínimo (R$ 1.320) teve de comprometer 53,15% do seu rendimento, após desconto previdenciário, para garantir a cesta básica. Além de desprender 108 horas e 10 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade. 

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O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 1.946,79.

Veja o que ficou mais caro e o que ficou mais barato

No mês, seis dos doze itens ficaram mais caros. Destaque para o tomate (9,64%), o arroz (3,21%) e o leite (0,98%).  Por outro lado, quem puxa a queda nos preços é o feijão (-5,28%), a farinha (- 4,55%) e o açúcar (-2,28%).

No comparativo semestral, o custo da cesta básica em Fortaleza caiu 3,11%, passando de R$ 669,79, em abril, para R$ 648,93, em outubro. Por outro lado, está mais caro do que em outubro de 2022 (R$ 622,57), alta de 4,23%. 

No semestre, dos 12 produtos pesquisados, os que sofreram maiores reduções nos preços foram o feijão (-33,01%), o óleo (-16,51%) e a farinha (-12,17%). Sete itens apresentaram elevações nos preços dos quais se destacam: a banana (7,90%), o açúcar (5,41%) e o arroz (4,43%).

Na série de 12 meses, os produtos que ficaram mais baratos foram o feijão (-23,54%), o óleo (-23,17%) e o leite (-16,87%). Já os itens que apresentaram as maiores elevações foram: o tomate (84,02%), o arroz (14,74%) e o pão (8,64%).

Brasil

De acordo com o Dieese, em outubro, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 12 das 17 capitais pesquisadas. As quedas mais importantes ocorreram em Natal (-2,82%), Recife (-2,30%) e Brasília (-2,18%).

Depois de Fortaleza, as maiores altas ocorreram em Campo Grande (1,08%), Goiânia (0,81%), São Paulo (0,46%) e Rio de Janeiro (0,17%).

Porto Alegre foi a cidade onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 739,21), seguida por Florianópolis (R$ 738,77), São Paulo (R$ 738,13) e Rio de Janeiro (R$ 721,17).

Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 521,96), João Pessoa (R$ 554,88) e Recife (R$ 557,10).

A comparação dos valores da cesta, entre outubro de 2022 e outubro de 2023, mostrou que 12 capitais tiveram redução do preço médio, com destaque para as variações em Brasília (-7,34%), Campo Grande (-6,91%) e Goiânia (-5,88%).

Salário mínimo ideal

Com base na cesta mais cara, que, em outubro, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em outubro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.210,11 ou 4,60 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.280,93 e correspondeu a 4,76 vezes o piso mínimo.

Em outubro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.458,86 ou 5,33 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.

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