Ministro estima em R$ 15 bilhões valor de compras da agricultura familiar, após acordo com BNB

Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, fez declaração durante solenidade de assinatura de convênio da Pasta com o Banco do Nordeste, em Fortaleza

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, afirmou que as compras governamentais da agricultura familiar podem chegar a R$ 15 bilhões, a partir de convênio firmado ontem, em Fortaleza, entre a Pasta e o Banco do Nordeste (BNB).

O acordo prevê que pequenos produtores rurais inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), do Governo Federal possam ter acesso a microcrédito, por meio do programa Agroamigo do BNB, além de capacitação, assistência técnica e apoio na comercialização de seus produtos, tanto por meio de compras governamentais quanto da intermediação da venda para a iniciativa privada.

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Atualmente, o Governo Federal já desenvolve iniciativas que dão preferência à compra de itens alimentícios produzidos por agricultores familiares, tais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

O CadÚnico inclui não apenas beneficiários do Bolsa Família, mas também de programas de fomento às atividades produtivas rurais e de cisternas.

Com o convênio, a ideia é que as informações desse cadastro sejam compartilhadas com o BNB, que poderá oferecer linhas de crédito relacionadas ao Agroamigo, que tem 1,37 milhão de clientes ativos nos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo, sendo 175 mil no Ceará.

“Nós queremos chegar a cada pessoa do CadÚnico, que tenha vocação empreendedora, a fim de que ela tenha crédito, qualificação, assistência técnica e condições de abertura de portas para comercialização de produtos e serviços e com isso sair da pobreza”, disse o ministro Wellington Dias.

O presidente do BNB, Paulo Câmara, por sua vez, disse que com esse convênio o banco “busca ter acesso a esses cadastros e fazer com que esse instrumento também ajude os programas sociais e as pessoas, realmente, a melhorar de vida, empreender, ter condições realmente de gerar renda e emprego, fazendo a economia girar”.

O superintendente de Negócios de Varejo e Agronegócio do BNB, Luiz Sérgio Machado, destacou que 80% dos clientes do Agroamigo estão no CadÚnico e 57% têm Bolsa Família.

“Quando a gente faz essa análise do Agroamigo nos 18 anos do programa chega ao número de 76% de clientes que já tiveram, historicamente, acesso ao Bolsa Família”, observa.

Presente ao início da solenidade, o governador Elmano de Freitas (PT) pontuou que “o maior desafio que nós temos na política social, é combinar o apoio imediato às famílias que estão na extrema pobreza com o caminho de superação da pobreza e, evidentemente, que isso vai ser através do trabalho, quer seja por meio do pequeno negócio ou do emprego formal”.

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