Hidrogênio verde não entra em PL do combustível do futuro; será separado
Assinatura do Projeto de Lei Combustível do Futuro foi realizada às 11h, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF)A regulamentação que vai guiar os investimentos de hidrogênio verde no Brasil não entrou no Projeto de Lei (PL) Combustível do Futuro, assinado nesta quinta-feira, 14 de setembro, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
A pauta, que é pleito dos empresários do segmento e já tem estudos, inclusive no Ceará, para instalação de empreendimentos no Brasil, terá um PL separado, que de acordo com o presidente Lula, em entrevista exclusiva ao O POVO, sai ainda neste mês.
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Porém, ao jornalista João Paulo Biage, correspondente do O POVO em Brasília, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia (MME), fala até em previsão maior, afirmando que o projeto para o H2V será resolvido até o fim do ano.
O PL do Combustível do Futuro foi assinado pelo presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira, pelo ministro de Minas e Energia, e também da Fazenda, Fernando Haddad, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente Geraldo Alckmin, e dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
A proposta, na verdade, dispõe sobre a promoção da mobilidade sustentável de baixo carbono. Cria, portanto, o marco legal da captura de dióxido de carbono.
Para o Governo Federal, a iniciativa torna "a legislação brasileira uma das mais modernas do mundo, alinhada às grandes iniciativas globais de descarbonização."
Envolve combustível sustentável de aviação, diesel verde e aumento de 27% para 30% do etanol na gasolina. Mas não incluiu o aguardado hidrogênio verde.
Sobre o H2V, à época da entrevista ao O POVO, Lula já dizia que o texto estava sendo finalizado para este mês, criando o marco legal para a produção industrial.
Na publicação, Lula destacava que a produção de hidrogênio é uma aposta do governo, dentro da estratégia de promover a transição energética.
"O governo está trabalhando na elaboração de um projeto de lei para regulamentar a produção de hidrogênio no Brasil, o que vai trazer maior segurança para os investimentos, e que deve ser finalizado até o final de setembro."
Após entrevista ao O POVO, o presidente chegou a reafirmar o compromisso na sede do Banco do Nordeste (BNB), destacando que o Brasil quer ocupar papel de liderança nesta nova indústria que se forma. "Com a questão climática, o Brasil tem condições de se transformar no País mais importante do mundo".
Mas a promessa por parte do Governo Federal e de congressistas de que o marco legal para a produção de hidrogênio verde fosse aprovado até o fim do ano já havia sido realizada.
O Brasil, hoje, já conta com mais de US$ 30 milhões em projetos de hidrogênio de baixa emissão de carbono. O Ceará se coloca como uma liderança, com mais de 30 memorandos de entendimento e três empresas com pré-contratos assinados para instalação de plantas industriais no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).
Agora, nos termos da regulamentação, diferentemente do que algumas iniciativas propõem, a expectativa é que seja criada uma agência reguladora com expertise nos combustíveis de transição energética, ao invés de incluir o hidrogênio no escopo da Agência Nacional do Petróleo (ANP). (Com Samuel Pimentel)
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