Ceará está no topo de transações financeiras por Pix no Nordeste

Com o mesmo número de transações do Estado, Maranhão, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte também lideram o ranking

Com uma média de 20 transações de Pix por pessoa, o Ceará lidera o ranking no Nordeste. Com o mesmo número, Maranhão, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte também estão no topo do ranking da Região. 

Os dados são do Relatório de Gestão do Pix, realizado pelo Banco Central (BC), e são referentes a transações realizadas entre novembro de 2020 e dezembro de 2022.

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No Nordeste, a média é de 19 transações por usuários, perdendo apenas para o Norte, com 21. Em todo o Brasil, Amazonas e Amapá são os estados com a maior quantidade nesse indicador, sendo 26 e 24 transações, respectivamente.

Este número elevado em relação às outras regiões deve-se muito por causa da falta de bancos no Nordeste.

Isso porque, conforme o relatório do BC, apenas 40,2% dos municípios nordestinos possuem agências bancárias físicas. No Sudeste, por exemplo, a porcentagem é de 66,3%, uma parcela consideravelmente maior.

Na análise do o País, o estudo mostra que a frequência de utilização do Pix é relevante em todas as regiões.

Mas se forem considerados apenas os indivíduos que já enviaram ou receberam um Pix, a região Norte se destaca, com 21 transações por pessoa, para depois vir o Nordeste.

Individualmente, Amazonas e Amapá são os estados com a maior quantidade de uso da tecnologia por usuário nesse indicador, com 26 e 24 transações respectivamente.

Funcionalidades do Pix

Já quando se olha para as funcionalidades do Pix para gestão de chaves pelos usuários, divide-se em portabilidade e reivindicação de posse.

A portabilidade das chaves garante flexibilidade ao usuário, uma vez que permite a migração da chave entre instituições participantes do sistema, com as quais o cliente mantenha relacionamento.

A reivindicação de posse permite que se altere o vínculo entre chave e conta para outra titularidade.

Portanto, desde o lançamento do Pix, foram realizadas aproximadamente 35 milhões de portabilidades e concluídos 2,5 milhões de processos de reivindicação de posse no Brasil.

Juntas, as funcionalidades representam uma média de 1,4 milhão de processos concluídos por mês, segundo os dados do BC.

“O Pix é um avanço em direção a uma economia mais digital e inclusiva, principalmente daqueles que estão fora do sistema financeiro tradicional. A gratuidade e facilidade de pagamentos diários atraíram usuários em pouco tempo. No país, mais de 130 milhões de pessoas já usam o serviço e há mais de 550 milhões de chaves cadastradas”, afirma Cristiano Maschio, especialista em tecnologia de pagamentos e CEO da fintech Qesh.

Desde a criação, em 2020, 144 milhões de pessoas já fizeram pelo menos um Pix. Atualmente, a maioria das operações acontece entre pessoas físicas, com valor médio de R$ 257. Em dezembro de 2022 foram realizadas 2,9 bilhões de operações, já o valor transacionado no período foi de R$ 1,2 trilhão.

Segundo Maschio, a modalidade é uma oportunidade tanto para consumidores como para empreendedores. “Para empresas, a adoção do meio de pagamento tem significado agilidade e redução de custos. O sistema possibilita transações comerciais mais rápidas, tornando o fluxo de caixa mais eficiente e proporcionando uma melhor experiência ao cliente”, destaca o especialista.

Adoção do Pix por faixa etária e renda

Em relação ao nível de adoção por faixa etária, dados entre janeiro e dezembro de 2022 mostram que a que apresentou a maior adesão é a entre 20 e 29 anos, com expressivos 93% deste recorte com alguma chave Pix registrada. Destes, 87% fizeram ou receberam ao menos um Pix.

Além disso, mais de 80% da população entre 20 e 59 anos já enviou ou recebeu ao menos um Pix no período, o que demonstra a utilização dessa ferramenta na população adulta.

Quando se leva em consideração a faixa de renda, as pessoas que recebem até um salário mínimo, mais de 60% da população já enviou ou recebeu pelo menos um Pix, e 71% é detentora de chave Pix. Já na de maior renda, o Pix já foi utilizado por mais de 87% da população.

Mas, em suma, as transferências e os pagamentos por meio da tecnologia são majoritariamente realizados por adultos na faixa dos 20 aos 39 anos. Entretanto, a proporção de transações de usuários com idade entre 30 e 39 anos caiu de 36%, em novembro de 2020, para 31% em dezembro de 2022, uma vez que, desde o lançamento do Pix, o perfil dos usuários expandiu na faixa até 19 anos e discretamente na faixa entre 50 e 59 anos.

Os dados apontam ainda que a utilização do sistema tem mostrado crescimento tanto na população mais
jovem, embora ainda com modesto grau de utilização (3,5% do total), quanto na população mais madura.

Outros dados do relatório do Pix

  • O maior PIX já realizado foi no valor de R$ 1,2 bilhões em dezembro de 2022
  • 93% das transações feitas por pessoas físicas são de até R$ 200
  • R$ 257 é o valor médio das transações entre pessoas físicas
  • R$ 1,2 trilhão foi o valor transacionado em dezembro de 2022, contra R$ 718 bilhões transacionados em dezembro de 2021, um aumento de 67% no valor transacionado
  • 551 milhões é o número de chaves registradas, detidas por 77% da população adulta e 67% das empresas com relacionamento
  • 2,9 bilhões de transações Pix em dezembro de 2022, contra 1,4 bilhão em dezembro de 2021, um aumento de 107% em um ano
  • 133 milhões de pessoas e 11,9 milhões de empresas usam o Pix 

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