Ceará está no topo de transações financeiras por Pix no Nordeste
Com o mesmo número de transações do Estado, Maranhão, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte também lideram o ranking
16:50 | Set. 12, 2023
Com uma média de 20 transações de Pix por pessoa, o Ceará lidera o ranking no Nordeste. Com o mesmo número, Maranhão, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte também estão no topo do ranking da Região.
Os dados são do Relatório de Gestão do Pix, realizado pelo Banco Central (BC), e são referentes a transações realizadas entre novembro de 2020 e dezembro de 2022.
No Nordeste, a média é de 19 transações por usuários, perdendo apenas para o Norte, com 21. Em todo o Brasil, Amazonas e Amapá são os estados com a maior quantidade nesse indicador, sendo 26 e 24 transações, respectivamente.
Este número elevado em relação às outras regiões deve-se muito por causa da falta de bancos no Nordeste.
Isso porque, conforme o relatório do BC, apenas 40,2% dos municípios nordestinos possuem agências bancárias físicas. No Sudeste, por exemplo, a porcentagem é de 66,3%, uma parcela consideravelmente maior.
Na análise do o País, o estudo mostra que a frequência de utilização do Pix é relevante em todas as regiões.
Mas se forem considerados apenas os indivíduos que já enviaram ou receberam um Pix, a região Norte se destaca, com 21 transações por pessoa, para depois vir o Nordeste.
Individualmente, Amazonas e Amapá são os estados com a maior quantidade de uso da tecnologia por usuário nesse indicador, com 26 e 24 transações respectivamente.
Funcionalidades do Pix
Já quando se olha para as funcionalidades do Pix para gestão de chaves pelos usuários, divide-se em portabilidade e reivindicação de posse.
A portabilidade das chaves garante flexibilidade ao usuário, uma vez que permite a migração da chave entre instituições participantes do sistema, com as quais o cliente mantenha relacionamento.
A reivindicação de posse permite que se altere o vínculo entre chave e conta para outra titularidade.
Portanto, desde o lançamento do Pix, foram realizadas aproximadamente 35 milhões de portabilidades e concluídos 2,5 milhões de processos de reivindicação de posse no Brasil.
Juntas, as funcionalidades representam uma média de 1,4 milhão de processos concluídos por mês, segundo os dados do BC.
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“O Pix é um avanço em direção a uma economia mais digital e inclusiva, principalmente daqueles que estão fora do sistema financeiro tradicional. A gratuidade e facilidade de pagamentos diários atraíram usuários em pouco tempo. No país, mais de 130 milhões de pessoas já usam o serviço e há mais de 550 milhões de chaves cadastradas”, afirma Cristiano Maschio, especialista em tecnologia de pagamentos e CEO da fintech Qesh.
Desde a criação, em 2020, 144 milhões de pessoas já fizeram pelo menos um Pix. Atualmente, a maioria das operações acontece entre pessoas físicas, com valor médio de R$ 257. Em dezembro de 2022 foram realizadas 2,9 bilhões de operações, já o valor transacionado no período foi de R$ 1,2 trilhão.
Segundo Maschio, a modalidade é uma oportunidade tanto para consumidores como para empreendedores. “Para empresas, a adoção do meio de pagamento tem significado agilidade e redução de custos. O sistema possibilita transações comerciais mais rápidas, tornando o fluxo de caixa mais eficiente e proporcionando uma melhor experiência ao cliente”, destaca o especialista.
Adoção do Pix por faixa etária e renda
Em relação ao nível de adoção por faixa etária, dados entre janeiro e dezembro de 2022 mostram que a que apresentou a maior adesão é a entre 20 e 29 anos, com expressivos 93% deste recorte com alguma chave Pix registrada. Destes, 87% fizeram ou receberam ao menos um Pix.
Além disso, mais de 80% da população entre 20 e 59 anos já enviou ou recebeu ao menos um Pix no período, o que demonstra a utilização dessa ferramenta na população adulta.
Quando se leva em consideração a faixa de renda, as pessoas que recebem até um salário mínimo, mais de 60% da população já enviou ou recebeu pelo menos um Pix, e 71% é detentora de chave Pix. Já na de maior renda, o Pix já foi utilizado por mais de 87% da população.
Mas, em suma, as transferências e os pagamentos por meio da tecnologia são majoritariamente realizados por adultos na faixa dos 20 aos 39 anos. Entretanto, a proporção de transações de usuários com idade entre 30 e 39 anos caiu de 36%, em novembro de 2020, para 31% em dezembro de 2022, uma vez que, desde o lançamento do Pix, o perfil dos usuários expandiu na faixa até 19 anos e discretamente na faixa entre 50 e 59 anos.
Os dados apontam ainda que a utilização do sistema tem mostrado crescimento tanto na população mais
jovem, embora ainda com modesto grau de utilização (3,5% do total), quanto na população mais madura.
Outros dados do relatório do Pix
- O maior PIX já realizado foi no valor de R$ 1,2 bilhões em dezembro de 2022
- 93% das transações feitas por pessoas físicas são de até R$ 200
- R$ 257 é o valor médio das transações entre pessoas físicas
- R$ 1,2 trilhão foi o valor transacionado em dezembro de 2022, contra R$ 718 bilhões transacionados em dezembro de 2021, um aumento de 67% no valor transacionado
- 551 milhões é o número de chaves registradas, detidas por 77% da população adulta e 67% das empresas com relacionamento
- 2,9 bilhões de transações Pix em dezembro de 2022, contra 1,4 bilhão em dezembro de 2021, um aumento de 107% em um ano
- 133 milhões de pessoas e 11,9 milhões de empresas usam o Pix