Novidades do Pix: entenda as propostas do Banco Central para 2024
Uma das novidades divulgadas é a função em que as pessoas vão poder agendar todo mês o pagamento via pix para contas como se fosse um débito automático
17:00 | Set. 05, 2023
O Banco Central está preparando novas funcionalidades para o Pix, segundo o relatório divulgado nesta segunda-feira, 4, que fez um balanço sobre o uso da ferramenta entre 2021 e 2022. A ideia da instituição é que o Pix substitua, aos poucos, a utilização do dinheiro em papel.
Uma das novidades divulgadas é a função em que as pessoas vão poder agendar todo mês o pagamento via pix para contas como se fosse um débito automático. A ferramenta está em discussão e prevista para funcionar a partir de 2024.
No ano passado, foram quase 3 bilhões de transações com o Pix em valores totais de mais de R$ 1 trilhão. São mais de 133 milhões de pessoas utilizando a ferramenta e quase 12 milhões de empresas.
Para o diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Renato Gomes, a medida pode gerar mais competição no sistema bancário.
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Confira as novidades do Pix previstas para 2024
O que é o Pix automático?
Esta é uma funcionalidade prevista para o segundo trimestre de 2024, na qual o indivíduo pode pagar contas ou obrigações recorrentes com a opção de débito automático.
Para isso, é necessária dar uma autorização ao banco para descontar, assim como qualquer outra transação. Poderão ser pagas contas como fatura de energia elétrica, plano de saúde, condomínio, entre outras.
Posso fazer um Pix sem internet?
Outro ponto trabalhado pelo Banco Central é o pagamento de pedágios, estacionamentos, transporte público.
No entanto, ainda não há data para a vigência dessa ferramenta. Isso porque trabalha-se uma possibilidade de fazer esses pagamentos pelo Pix sem precisar de internet.
Pix vai poder ser parcelado?
Além disso, tem-se uma proposta de fazer compras parceladas via Pix. Porém, não mais informações sobre a forma que esses pagamentos seriam feitos e nem quando seria implementado.
Posso fazer um pix para outro país?
O Banco Central também estuda, segundo o relatório, a possibilidade de usar o Pix em operações internacionais. Ou seja, incluir a ferramenta para remessas e pagamentos fora do Brasil.
A novidade também não tem previsão de estreia.
Pix de R$ 1,2 bilhão foi o maior desde lançamento
O relatório traz dados curiosos também. O documento mostra, por exemplo, que a maior transação já realizada pelo Pix teve o valor de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022. O valor médio das operações naquele mês, porém, foi de R$ 257.
Considerando ainda esses números com mais de nove meses de defasagem, o BC afirma que o valor médio das operações de pessoas físicas desde o lançamento do Pix é de R$ 200.
Os dados publicados nesta segunda-feira se referem ao fim do ano passado, quando 133 milhões de pessoas físicas e 11,9 milhões em empresas usavam o instrumento.
Na comparação com dezembro de 2021, o valor transacionado na plataforma de pagamentos em tempo real saltou de R$ 718 bilhões para R$ 1,2 trilhão.