Entenda o que muda com a desoneração da folha aprovada pela Câmara

A ideia é que, com a desoneração, os setores ampliem a contratação de pessoal. Por outro lado, A União deixou de arrecadar R$ 9,2 bilhões só no ano passado

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 31, o projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de salários para 17 setores da economia até 2027.

Em meio à pressão dos prefeitos, também foi incluída uma redução da alíquota de contribuição previdenciária de todos os municípios. Como a proposta foi alterada pelos deputados, o texto agora retorna para o Senado.

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Caso seja aprovada, haverá a substituição da contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.

A ideia é que, com a desoneração, os setores ampliem a contratação de pessoal. Por outro lado, A União deixou de arrecadar R$ 9,2 bilhões só no ano passado devido à medida.

A equipe econômica era contrária à proposta e preferia atrelar a desoneração a uma reforma ampla de renda, que deve ser debatida em 2024, após a aprovação da reforma tributária sobre o consumo.

O parecer aprovado pelos deputados ainda inclui um artigo que reduz de 2% para 1% a alíquota da contribuição sobre a receita bruta para o setor de empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros.

Quais os setores da economia são contemplados?

Os seguintes setores são autorizados para a desoneração da folha de salários até 2027:

  • Calçados
  • Call center
  • Comunicação
  • Confecção
  • Vestuário
  • Construção civil
  • Empresas de construção e obras de infraestrutura
  • Couro
  • Fabricação de veículos e carrocerias
  • Máquinas e equipamentos
  • Proteína animal
  • Têxtil
  • Tecnologia da informação
  • Tecnologia de comunicação
  • Projeto de circuitos integrados
  • Transporte metroferroviário de passageiros
  • Transporte rodoviário coletivo e de cargas

Inclusão de municípios

O texto original previa que a desoneração seria voltada apenas ao setor privado, porém, houve uma mudança para incluir municípios com menos de 142,6 mil habitantes. Assim, a contribuição previdenciária seria reduzida de 20% para 8%.

Com a votação da Câmara, no entanto, houve uma ampliação do benefício para que todas as prefeituras sejam incluídas. Pelo projeto, a alíquota de contribuição vai variar de 8% a 18%, seguindo o critério com base no Produto Interno Bruto (PIB) per capita.

São cinco faixas ao todo:

  • 8%: para municípios entre os 20% com menor PIB per capita
  • 10,5%: para municípios entre os 20% e os 40% com menor PIB per capita
  • 13%: para municípios entre os 40% e os 60% com menor PIB per capita
  • 15,5%: para municípios entre os 60% e os 80% com menor PIB per capita
  • 18%: para municípios entre os 20% com maior PIB per capita

*Com informações de Agência Brasil e Agência Estado

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