Prévia da inflação em agosto fica em 0,73% na Grande Fortaleza

Foi a maior taxa do País. Veja o que ficou mais caro e mais barato

12:56 | Ago. 25, 2023

Por: Irna Cavalcante
Gasolina na Capital aumentou de preço na semana, segundo ANP (foto: FERNANDA BARROS)

A prévia da inflação em agosto ficou em 0,73% na região metropolitana de Fortaleza (RMF). Foi a maior alta registrada no País para o mês. Cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta, com destaque para os gastos com Educação (2,60%) e Transporte (2,16%).

Os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foram divulgados nesta sexta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  No acumulado do ano, o indicador subiu 3,64% e, em 12 meses, 4,11%.

Em relação ao mês de  julho, houve um crescimento de 0,95 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de julho (-0,22%). No comparativo com o mês de agosto do ano passado, o IPCA-15 registrou deflação de -1,31%.

De acordo com a pesquisa, além do grupo Educação, chama atenção a alta de 2,16% registrada no grupo Transportes, com  o maior impacto no índice do mês (0,41 p.p.). Em parte isso se deve à alta dos gastos com gasolina (5,92%).

Na sequência, vieram os grupos Habitação (0,91%), Saúde e cuidados pessoais(0,65%) e Despesas pessoais (0,58%). Já Alimentação e bebidas (-0,32%) registrou deflação.

Regionalmente, a RM de Fortaleza foi a que apontou maior variação no índice, dentre as demais participantes da pesquisa. Isso se explica, em parte, por conta da alta da gasolina (5,92%) e da energia elétrica residencial (3,23%).

Veja os cinco itens que ficaram mais caros em agosto na Grande Fortaleza:

  • Táxi: 13,89%
  • Manga: 12,45%
  • Mamão: 8,96%
  • Produto para pele: 6,75%
  • Gás veicular: 5,97%

Veja os cinco itens que ficaram mais baratos em agosto na Grande Fortaleza:

  • Goiaba: -12,3%
  • Passagem aérea: -11,32%
  • Maracujá: -8,5%
  • Peixe - palombeta: -5,8%
  • Tomate: -4,87%

Prévia da inflação no Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,28% em agosto, 0,35 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de julho (-0,07%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,38% e, em 12 meses, de 4,24%, acima dos 3,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,73%.

Sete grupos, dos nove pesquisados, registraram alta em agosto. A maior variação (1,08%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Habitação. Também apresentaram alta os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%), que contribuíram com impactos de 0,11 p.p. e 0,04 p.p., respectivamente.

No lado das quedas, o destaque ficou com Alimentação e bebidas (-0,65%), que contribuiu com -0,14 p.p. Os demais grupos ficaram entre a queda de Vestuário (-0,03%) e a alta de Despesas pessoais (0,60%). 

Entenda como é calculado o IPCA -15

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de julho a 14 de agosto (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 13 de julho (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

 Quanto aos índices regionais, somente uma área apresentou variação negativa em agosto. A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (-0,18%), cujo resultado foi influenciado pela queda de ônibus urbano (-20,91%). 

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