Bruno Girão: objetivo da Alvoar Lácteos é ser a Coca-Cola dos leites

Empresa que controla a Betânia e a Embaré ampliou em 15% produção da fábrica de Morada Nova com investimento de R$ 25 milhões

17:30 | Ago. 25, 2023

Por: Samuel Pimentel
Bruno Girão, CEO da Alvoar Lácteos, durante lançamento da ampliação da fábrica de Morada Nova (foto: Luciano Alves/Divulgação)

A quantidade de leite processado no complexo industrial da Alvoar Lácteos, em Morada Nova, vai subir 15% e chegar a 1,6 milhão de litros por dia. O grupo, que inclui a marca cearense Betânia e a mineira Embaré, inaugurou ampliação com unidade de produção de leite condensado nesta sexta-feira, quando o CEO Bruno Girão afirmou que o objetivo do grupo é ser “a Coca-Cola dos leites”.

Isso porque o investimento da empresa também se dá na ponta das vendas, na qual 19 centros de distribuição atuam. Já a marca de refrigerantes tem 50 desses. Para a ampliação, o investimento foi de R$ 25 milhões. Na unidade, serão produzidas todas as linhas de leite condensado das marcas Betânia e Camponesa - que também faz parte do grupo.

Segundo a Betânia, a ampliação faz parte da implantação iniciada com a chegada do parque industrial em Morada Nova. Hoje, a fábrica, que é a maior fábrica de laticínios do Nordeste, tem capacidade de produzir 72 tipos de produtos.

Ampliação

“Essa é a segunda fase do projeto maior que foi a colocação de uma planta de leite em pó aqui em Morada Nova. Dois anos atrás, inauguramos a primeira fase e deixamos a planta para ser facilmente ampliada. Agora, a gente resolveu realizar o investimento de R$ 25 milhões na segunda fase, que é a possibilidade de fazer leite em pó e leite longa vida ao mesmo tempo. Isso amplia em 180 mil litros por dia a capacidade de processamento dessa aunidade”, ressaltou Girão em entrevista ao O POVO.

A fábrica, uma das mais completas do Brasil e já produzia toda a linha de lácteos da marca Betânia e passou a produzir a linha de leites UHT, leite em pó e creme de leite da marca Camponesa em junho deste ano. Com a ampliação, passa a produzir também os leites condensados integral e semidesnatado da Camponesa, além do leite condensado semidesnatado Betânia.

“Faltava essa unidade aqui no Ceará porque o leite condensado que a gente comercializava vinha de Pernambuco. A produção de leite vem crescendo no Ceará e no Nordeste a taxas maiores do que as médias nacionais. No Sudeste, há queda de produção. Para que a gente não abandone o produtor e continue crescendo com ele e tenha condição de processar todo o leite produzido estamos fazendo essa ampliação”, completou o CEO.

Foco e impacto no mercado de trabalho

Girão destaca que o Nordeste corresponde a 75% dos clientes do grupo. E, a cada 50 litros de leite captado pela Alvoar, um emprego é gerado na Região. Por isso, serão gerados 3,6 mil novos empregos a partir da operação plena da unidade ampliada.

A capacidade, inclusive, deve ser atingida, “sendo conservador, dentro de 3 ou 4 anos”. Perguntado sobre possíveis novos investimentos, ele afirma que novas linhas de iogurte estão sendo feitas, mas o foco do grupo, hoje, é o leite condensado.

“Uma indústria láctea os investimentos precisam ser balanceados e isso depende da produção de leite. No caso do Ceará, a gente acredita que não deverá fazer grandes investimentos no próximo ano ou até dois anos. Vamos, primeiro, concentrar na venda de leite condensado que estamos fazendo ampliação”, afirmou.

O repórter viajou a Morada Nova a convite da Alvoar Lácteos

Mais notícias de Economia