Banco do Nordeste projeta 37,8 bilhões para o FNE em 2024

Este número representa uma alta de R$ 3,2 bilhões do que foi projetado para 2023

O Banco do Nordeste anunciou, nesta terça-feira, 22, que a projeção de disponibilidade total do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para 2024 será de R$ 37,8 bilhões. Alta de R$ 3,2 bilhões do que foi projetado para 2023.

A informação foi dada em evento da Programação do FNE 2024, na sede do Banco do Nordeste, em Fortaleza, e contou com a presença do presidente do banco, Paulo Câmara, o diretor de Gestão de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos (Sudene), Heitor Freire, além de representantes dos estados do Nordeste.

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O fundo é a maior linha de crédito da América Latina voltada ao desenvolvimento regional e suas diretrizes de aplicação são definidas pelo Conselho Deliberativo da Autarquia, sob a presidência do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

O valor é o maior projetado pela instituição, no entanto, ainda não é uma quantia fixa, podendo sofrer alterações para cima ou para baixo, a depender dos rumos da economia do País.

Em 2023, por exemplo, o montante inicial seria de R$ 34,6 bilhões, mas em julho já foi atingido R$ 24,1 bilhões e a nova estimativa do banco é de que o valor chegue a R$ 38,8 bilhões em contratações totais com o FNE.

A reunião desta terça serviu apenas para estabelecer a meta geral. As especificações por região e por setor serão debatidas nas reuniões setoriais que acontecerão entre 15 de setembro e 5 de outubro. A proposta de revisão dos itens de financiamentos devem ser enviadas até 30 de setembro.

E somente após todas as aprovações, o Banco do Nordeste vai divulgar, em novo evento, quanto será destinado a cada região e cada setor.

No entanto, o presidente Paulo Câmara destacou que, como em todos os anos, o FNE deve priorizar o agro e a agricultura familiar, além da infraestrutura, com cerca de 30% dos recursos indo para cada um destes segmentos.

"Isso sem esquecer comércio, serviço, indústria, turismo, o pequeno, o médio e o grande, o microcrédito, enfim. Tudo isso vai estar presente e eu tenho certeza que nós teremos uma aplicação recorde. Em 2023, nós tivemos R$ 38 bilhões e vamos trabalhar para que em 2024 esse valor seja ampliado para ajudar o Nordeste a voltar a crescer", disse.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou que a aplicação dos recursos deve guardar aderência ao Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE).

“O planejamento da destinação dos recursos do FNE é fundamental para a operacionalização do fundo pelo Banco do Nordeste. O financiamento abrange os 11 estados da área de atuação da Sudene e visa estimular os setores produtivos e as atividades econômicas de maneira a reduzir as desigualdades regionais”, afirmou.

O diretor de Gestão de Fundos, Incentivos Fiscais e Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire destacou que é através do diálogo é que vão ser atendidas as necessidades do grande e do pequeno na do Nordeste.

"O FNE desempenha papel importante no fomento do desenvolvimento econômico e social do Nordeste, contribui para a geração de emprego, renda e qualidade produtiva. Contribui, principalmente, para a redução das desigualdades intrarregionais”, destacou.

FNE em 2023

Até o mês de julho, 2.037 municípios do Nordeste e de parte de Minas Gerais e do Espírito Santo foram atendidos com contratações do FNE, o que representa 98,2% da área coberta pelo banco.

De todas as aplicações realizadas no ano, R$ 19,9 bilhões (82% do FNE) foi utilizado em tipologias priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), como as áreas do semiárido, da faixa de fronteira e as regiões integradas de desenvolvimento. Destes, R$ 15 bi foram para o semiárido.

Em relação aos setores que mais contrataram em 2023, a infraestrutura se destaca com R$ 6,6 bilhões, depois aparecem agricultura (R$ 5,2 bi), comércio e serviços (R$ 3,8 bi), pecuária (R$ 3,4 bi) e indústria (R$ 1,7 bi). Turismo, agroindústria e pessoa física tiveram contratações menores de R$ 1 bi.

Nos municípios pólo, ou seja, as capitais e outras cidades que exercem grande influência em seu entorno, foram aplicados 29,4 bilhões no FNE entre 2019 e julho de 2023, número que representa 21,8% das aplicações totais.

Nesse recorte, se destacam o setor de comércio e serviços (55,3%), seguido da indústria (16,7%) e outros (16,7%). Infraestrutura teve 11,3%.

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