Alta nos combustíveis puxam inflação em Fortaleza; mas alimentos seguem caindo

Foi a segunda deflação consecutiva no setor de alimentação e bebidas na capital cearense

A Grande Fortaleza registrou inflação de 0,17% na passagem junho para julho, puxado pela alta de 6,14% nos combustíveis. O resultado vem depois de a Capital ter tido deflação de 0,40% no mês anterior. O número deste mês ficou um pouco acima do registrado nacionalmente, que foi 0,12%.

Apesar da alta, os alimentos e bebidas seguem registrando queda nos preços pelo segundo mês consecutivo, com deflação de 0,49%, puxada pela queda nas frutas (-3,19%), leites e derivados (-2,46%), carnes (-1,95%) e farinhas, féculas e massas (-1,80%).

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As informações foram divulgadas nesta sexta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Mesmo voltando a subir, a inflação de julho em Fortaleza foi a segunda menor registrada no ano, ficando atrás justamente de junho. No acumulado do ano, a inflação na capital cearense ficou em 2,86%, abaixo da nacional, que registrou 2,99%. Já o balanço dos últimos 12 meses identificou alta de 2,97% na Capital e 3,99% a nível federal. 

De acordo com o economista Alex Araújo, a queda nos alimentos é relevante porque ele tem impacto direto na cesta básica e, historicamente, tem puxado a inflação de Fortaleza. A queda sinaliza uma importante acomodação de preços com impacto social importante.

"A redução da inflação desses últimos seis meses decorreu de uma combinação de um ambiente recessivo com a adequação da oferta de produtos que, pouco a pouco, retorna ao patamar do período pré-pandemia. Essa trajetória deve ser mantida nos últimos meses do ano, de modo que se espera um nível de preço mais contido", analisou.

Alex falou ainda que o resultado nacional do IPCA de 0,12% veio um pouco acima do que era esperado pelo mercado, já que mediana da Bloomberg esperava algo em torno de 0,08%, mas que ainda é um resultado muito bom.

Outros itens que se destacaram com deflação em Fortaleza foram o setor de habitação (-1,01), com destaque para a baixa na energia elétrica residencial (-4,49%). Também tiveram baixa a saúde e cuidados pessoais (-0,35%), vestuário (-0,15%) e comunicação (-0,04%).

Já os maiores aumentos, além dos transportes, que aumentaram em 2,52% por causa dos combustíveis, também tiveram alta os artigos de residência (0,36%), despesas pessoais (0,24%) e educação (0,20%).

IPCA no Brasil

Cinco dos nove grupos que integram o IPCA registraram altas de preços em julho, nesta sexta-feira.

As variações positivas ocorreram em Transportes (1,50%; impacto de 0,31 ponto porcentual), Despesas pessoais (0,38%; impacto de 0,04 ponto); Educação (0,13%; impacto de 0,01 ponto), Saúde e cuidados pessoais (0,26%; impacto de 0,03 ponto) e Artigos de residência (0,04%; impacto de 0,0 ponto).

O grupo Comunicação, por sua vez, ficou estável no mês (0,0%; impacto de 0,0 ponto).

Houve, por outro lado, deflação de Habitação (-1,01%; impacto de -0,16 ponto), Alimentação e bebidas (-0,46%; impacto de -0,10 ponto) e Vestuário (-0,24%; impacto de -0,01 ponto).

Treze das 16 regiões investigadas pelo IBGE registraram alta em julho. O resultado mais alto foi em Porto Alegre (0,53%) e o mais baixo, em Belo Horizonte (-0,16%).

Índice de difusão

O índice de difusão do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, recuou de 50% em junho para 46% em julho. O índice de difusão do IPCA de julho é o menor desde maio de 2020, quando ficou em 43%. A difusão de itens alimentícios passou de 46% em junho para 38% em julho. Já a difusão de itens não alimentícios saiu de 52% para 53%.

Com Agência Estado 

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