Diesel S10 e gás de cozinha tem queda no Ceará, enquanto etanol e gasolina ficam estáveis

Tendência é de continuidade de redução de preço no GLP e de estabilidade no etanol, mas gasolina e diesel podem voltar a subir, diz especialista

O preço médio dos combustíveis no Ceará teve uma semana com menos oscilações que a anterior, quando foi retomada a cobrança de impostos federais, ao mesmo tempo em que a Petrobras reduziu os valores da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP) nas refinarias.

Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no período entre 9 e 15 de julho, tanto a maior alta quanto a maior queda, nos postos cearenses foram registrados nos preços médios das duas variantes do óleo diesel. Enquanto o litro do diesel comum teve aumento de 0,7%, subindo de R$ 5,05 para R$ 5,09, o litro do diesel S-10 teve redução de 1,4%, caindo de R$ 4,95 para R$ 4,98.

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Também foi verificada queda expressiva no valor médio do GLP, conhecido popularmente como gás de cozinha. O botijão de 13 kg teve redução de 1,2% na semana que se encerrou no último sábado, 15. Enquanto na semana anterior, esse produto poderia ser encontrado no Estado em média por R$ 100,98, conforme a ANP, agora o preço médio caiu para R$ 99,67.

De acordo com o consultor na área de combustíveis e gás, Bruno Iughetti, “o preço do gás de cozinha responde no mercado à última redução de preço promovida pela Petrobras. Isso, evidentemente, vem impactar de uma maneira bastante positiva para que os preços do gás liquefeito de petróleo apresentasse uma oscilação negativa, o que deve ser mantido durante o mês de agosto também. A tendência do gás de cozinha é seguir em queda, em decorrência do mercado internacional”.

Ele acrescenta que com relação às diferenças entre as duas variações do diesel, a redução, no caso do S10, “também vem de encontro ao efeito das reduções de preço nas refinarias pela Petrobras. Já o diesel comum tem uma grande participação do produto importado, que sofre as consequências de variações de preço internacional. O S-10 já não já não é tão afetado por esse movimento pelo fato de a Petrobras produzir esse diesel diferenciado em termos de qualidade”.

Gasolina, etanol e GNV

Enquanto diesel e GLP tiveram oscilações mais expressivas, os preços médios por litro de gasolina (comum e aditivada) e etanol, bem como do metro cúbico (m³) do gás natural veicular (GNV) ficara praticamente estáveis na semana encerrada no último sábado, 15, de acordo com a ANP.

O preço médio do litro do etanol hidratado caiu 0,2%, ou cerca de R$ 0,01 nas bombas, passando de R$ 4,78 para R$ 4,77. Movimento quase idêntico ocorreu com o GNV, cujo metro cúbico passou de R$ 4,95 para R$ 4,94, também uma redução de 0,2%. Já o preço médio do litro da gasolina comum teve alta de 0,1%, passando de R$ 5,92 para R$ 5,93. A gasolina aditivada, por sua vez, manteve o preço médio do litro em R$ 6,05, na comparação das duas últimas semanas.

Conforme Iughetti, enquanto a tendência é de que o etanol permaneça em movimento de estabilidade de preços, a gasolina pode voltar a apresentar tendência de alta, devido às variações dos preços internacionais do petróleo. O mesmo pode ocorrer com outros derivados do insumo, tais como o diesel e o GNV.

“Nós tivemos uma nova alta do petróleo cru no mercado internacional. Ele voltou ao patamar de US$ 80 oitenta dólares, o barril. Há um movimento dos grandes países produtores, principalmente, o Irã e a Arábia Saudita para reduzir a produção até um milhão de barris por dia para que os preços se comportem de uma maneira mais atrativa. Isso significa ,na prática, que poderá haver o aumento do preço do petróleo a nível superior a US$ 80”, explica Iughetti.

Fim da PPI não é garantia

Vale lembrar que a Petrobras abandonou a política de paridade internacional (PPI) nos preços dos combustíveis no Brasil, no último dia 18 de maio, em uma tentativa de reduzir a pressão de ciclos de alta no valor global do barril do petróleo, que no ano passado chegou a bater os US$ 120.

O especialista entende, contudo, que a Petrobras deve reavaliar os valores a serem comercializados na refinaria caso o preço do produto suba no mercado internacional, mesmo com o fim do PPI, que havia entrado em vigor no governo Michel Temer (MDB), em outubro de 2016.

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